Enquete
Fechar
Enquetes anteriores

Poder Judiciário de Mato Grosso

 
Notícias

04.12.2018 17:37

Dalila de Oliveira Matos – Servidora da ATJL
Compartilhe
Tamanho do texto:
Nascida na pequena cidade mato-grossense de Dom Aquino, Dalila de Oliveira Matos cursou Direito na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é servidora pública desde 1999 e trabalha atualmente na Assessoria Técnico-Jurídica de Licitação da Presidência (ATJL).
 
A escrita sempre esteve presente na vida da servidora desde a infância, por incentivo da mãe, que implementou o hábito de pagar-lhe para ler livros e escrever resenhas deles. Depois de certo tempo, o pagamento se tornou dispensável e a paixão pela leitura e produção textual ficou marcada em sua personalidade.
 
Dalila escreve poesias, contos, crônicas, cartões, textos isolados e até legendas de fotos. A poesia é a grande paixão. Suas poesias se encaixam na linha romântica, escritas com temas livres relacionados, sobretudo, aos sentimentos humanos.
 
Inscrita, secretamente, em um concurso pela primeira vez por uma pessoa que lhe incentivava muito, Dalila foi finalista em concursos de poesia no Brasil, em Portugal e na África do Sul.
 
O retorno positivo dos concursos e o convite da editora paulista Scortecci impulsionaram a servidora a expor seu trabalho ao mundo. As poesias dela ato estão publicadas em três coletâneas: “Rede de Palavras”, “Memórias e Passagens de Um Tempo” e “Encontros Desencontros Hoje”.
 
“Eu acredito que seja um dom. Cada um tem a forma de expressar aquilo que tem a dizer ao mundo. A poesia é a minha forma de expressar sentimento. Escrever liberta, para mim é uma sensação de liberdade, de ser quem você é, poder dizer aquilo que sente e de às vezes ajudar pessoas. A partir do momento que a poesia saiu de você, ela não é mais sua, é de quem precisa dela, e deve ser útil para alguém de alguma forma”, reflete Dalila.
 
Confira algumas poesias de Dalila Matos publicadas:
 
Livro Rede
 
Olhar
 
Qualquer dia destes
Invadirei seu mundo
Capturarei seus olhos
E mantê-los-ei
Cativos
Até que eles se acostumem
Às mordomias do cativeiro
E peçam
Para que eu nunca mais os liberte
 
 
 
Livro Encontros
 
Desejo
 
Que haja veludo nas noites de sol e
Coragem nos dias de lua
Que na ventania prevaleça a ternura
Que o nevoeiro não demore
Para que a saudade logo melhore
E a suavidade nos faça uma visita
Trazendo da felicidade uma pista
Que toda luz seja fértil
Para que o seu coração não se mude
E eu possa ser nele um pouquinho de completude.
 
 
Livro Memórias
 
Um preto e branco quase colorido
 
Quem é que não carrega na sombra um mito
Na vida um exclusivo rito
Um preto e branco quase colorido
No peito um grito
As vezes de dor
Por vezes de amor
Seja como for
Um fim de tarde ao se pôr
Aquele cheiro inebriante de cor
E então, tirar de manga um ás
Sentir por dentro aquela paz
Viver sem a vírgula,
Sem o mas,
Sem o mas?
Tanto faz...
O significado é único,
No presente vive-se a gente
Para o futuro ser diferente
E podermos dizer, felizmente
A esperança reina absoluta
Talvez tenha até cheiro de fruta
Pois, foi tirada da vida à força bruta
E apesar de cada dia ser complicada a labuta
Manteremos sempre a conduta,
Para ao final podermos dizer,
Que foi difícil a luta
No entanto,
Nos foi permitida uma luta justa...