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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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17.07.2019 17:56

Juízes completam 21 anos de magistratura e compartilham vivências da profissão
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Um sonho almejado desde criança, o desenvolvimento pessoal e profissional e amor à profissão são sentimentos de três membros do Poder Judiciário de Mato Grosso que comemoram 21 anos de magistratura nesta quarta-feira (17 de julho). O juiz-diretor do Fórum de Cuiabá, Luís Aparecido Bortolussi Júnior, a juíza auxiliar da Corregedoria, Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, e o magistrado do 4º Juizado Especial Cível de Cuiabá, João Alberto Menna Barreto Duarte, fazem parte da turma empossada em 1998 e falam um pouco sobre a trajetória deles.
 
Bortolussi revela que desde criança queria ser juiz, um sonho que nasceu com ele sem ter um exemplo na família. Ele foi o pioneiro a se aventurar pela área do Direito dentro do núcleo familiar.
 
Após a posse no cargo de juiz, Bortolussi assumiu a Vara Criminal de Pontes e Lacerda (448 km a oeste de Cuiabá) e em fevereiro de 2003 instalou as comarcas de Jauru (425 km a oeste) e Comodoro (644 km a oeste). Em maio do mesmo ano foi promovido para a 2ª Vara Criminal de Rondonópolis (212 km ao sul) e em fevereiro de 2004 chegou à Capital, assumindo a 17ª Vara Cível – atual Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular.
 
Casado e com um casal de filhos, diz que as maiores dificuldades da época que atuou no interior eram as estradas em péssimo estado, mas que enxergou os desafios como oportunidades. “A magistratura é um sacerdócio, a pessoa tem que se dedicar ao ofício. Como em outras áreas enfrentamos percalços, mas se trabalhamos com o que acreditamos, com dedicação e amor, vale à pena”, resume. “Meu conselho para os que estiverem almejando a magistratura é estude, se dedique, trabalhe com afinco que tudo servirá para seu crescimento.”
 
Atualmente juíza auxiliar da Corregedoria, Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva é casada há 33 anos e tem dois filhos adultos. Ela se lembra que em 1990 tomou posse como procuradora do Estado, atuou por oito anos, mas a vocação para a magistratura fez com que buscasse um novo concurso.
 
A magistrada encara seu currículo como oportunidade de desenvolvimento. A dedicação e a vontade de servir ao Poder Judiciário nunca permitiram que ela se furtasse aos desafios propostos. Ela se lembra que assim que assumiu a recém-criada Comarca de Lucas do Rio Verde (354 km ao norte), em 1998, já teve que desenvolver o lado administrativo, pois assumiu a diretoria do fórum.
 
Ficou menos de um ano em Lucas e já partiu, como diretora do Fórum de Sorriso (420 km ao norte), onde atuou na 1ª Vara Cível até 2001. Depois se tornou diretora do Fórum de Cáceres (225 km a oeste), acumulando a Vara da Infância e Juventude e de Feitos Gerais por quatro anos. Em 2001, foi designada pelo desembargador Orlando Perri para implantar o projeto ISO 9000 no Complexo Pomeri, em Cuiabá, ficou por seis meses e retornou a Cáceres.
 
Em 2008 chegou a Cuiabá e, devido a experiências na direção dos fóruns, sempre foi convidada para atuar em áreas administrativas, como juíza auxiliar da Vice-Presidência nos anos de 2011 e 2012, diretora do Fórum da Capital em duas gestões (2015/2016 e 2017/2018) e agora como juíza auxiliar da Corregedoria. “No interior as correições são realizadas pelos diretores dos fóruns, o que tem me auxiliado nesta minha função”, aponta.
 
“A carreira na magistratura fez muito bem para mim e para minha família. Meus filhos têm formação um em Veterinária e o outro Ciências Contábeis, mas também cursaram Direito”, revela.
 
A vocação para a magistratura também foi uma ideia que semeou na mente do juiz João Alberto Menna Barreto Duarte, 55 anos, titular do 4º Juizado Especial Cível de Cuiabá.
 
De origem paranaense, o magistrado foi criado e se formou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde mantém vínculo afetivo até hoje. Mudar-se para um local tão distante de sua terra natal foi uma ideia que lhe causou receio no início, mas que logo se dissipou e se transformou na gratidão que tem por Mato Grosso.
 
“Mesmo assim, vim com aquele sentimento de que as coisas conspiravam para dar certo e não podia ter dado mais certo, vir para um lugar especial onde fui bem adaptado, minhas filhas foram criadas, têm vários amigos e são felizes. Adoro o que faço, acredito que o importante é saber que quando fazemos alguma coisa que sabemos que o resultado repercute em benefício da sociedade, nós nos sentimos gratificados”, expressa.
 
João Barreto tomou posse e foi para a Comarca de São Félix do Araguaia (1.200 km ao sul de Cuiabá), onde atuou por mais de dois anos e enfrentou diversos desafios, como a jurisdição em nove municípios que faziam parte da comarca, a falta de estrutura de saúde para atender a filha recém-nascida e as estradas tão precárias que seu carro não tinha condições de trafegar. “O bacana foi entrar em contato com uma cultura totalmente nova, com as carências de recursos, de estrutura... Faz com que a gente adquira novo ponto de vista de como o Brasil ainda precisa evoluir. Tentamos dar o nosso melhor para que tudo fosse se ajeitando”, recorda-se.
 
Após esse período, foi designado para a Comarca de Diamantino (208 km a médio-norte), posteriormente foi para a Entrância Especial e atuou na 1ª Vara Criminal de Rondonópolis – presidindo mais de 700 júris – e, por fim, designado para o 4º Juizado Especial, onde trabalha atualmente.
 
Além dos entrevistados, também completam hoje 21 anos de magistratura os juízes Roberto Teixeira Seror, Eulice Jaqueline da Costa Silva Cherulli, Antônio Veloso Peleja Júnior, Paulo Márcio Soares de Carvalho, Anglizey Solivan de Oliveira, Gleide Bispo Santos, Milene Aparecida Pereira Beltramini, Aristeu Dias Batista Vilella, Suzana Guimarães Ribeiro, Luís Augusto Veras Gadelha, Rita Soraya Tolentino de Barros, Walter Pereira de Souza e Alexandre Elias Filho.
 
 
Alcione dos Anjos e Mylena Petrucelli
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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