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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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26.07.2019 16:18

Justiça Comunitária orienta pessoas em situação de vulnerabilidade durante Mutirão Pop
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Heitor tem 25 anos e está morando nas ruas de Cuiabá desde que chegou na cidade, no início do ano. Trabalhador braçal, ele veio do interior do Estado com R$ 3 mil que tinha ganhado por descarregar caminhões de mandioca, mas, ao chegar, foi assaltado e, além do dinheiro, levaram também os documentos dele. O sonho de seguir viagem para Brasília, onde tem família, foi adiado.
 
Sem ter onde morar, ele foi para a rua. Para tomar banho, vai ao albergue. Ele conta que está desesperado para arrumar um emprego de forma que consiga dinheiro suficiente para seguir o caminho, mas sem documento está difícil. Por conta disso, na manhã desta sexta-feira (26 de julho), ele foi buscar ajuda da Justiça Comunitária, durante o Mutirão Pop de Rua, realizado no Centro de Referência da Assistência Social (Cras), no bairro Porto.
 
Lá, ele recebeu orientação dos agentes comunitários sobre como proceder para conseguir uma nova documentação, começando pela confecção de novo registro de nascimento, já que ele não se lembra qual o número do documento antigo. Heitor também já foi orientado a tirar foto 3x4 e conversar com representantes da Defensoria Pública. Caso queira emitir gratuitamente os novos RG e CPF, ele conseguirá ao utilizar o comprovante de hipossuficiência (carência) que a unidade produz.
 
Todos os serviços estavam sendo ofertados dentro do mesmo mutirão que tem o objetivo de levar serviços essenciais para as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade e, por isso, encontram dificuldade de receber até os atendimentos mais básicos. Além de serviços do Judiciário, também era possível receber atendimento médico, orientação bucal, doação de roupa e cobertor, plastificar documento, cortar cabelo, verificar números do cadastro único do SUS e se alimentar.
 
O trabalho da Justiça Comunitária, assim como nos bairros que ela se encontra, é prestado de maneira rápida e sem burocracia. O atendimento é feito por meio de conversa informal, na qual, depois de ouvir o relato do cidadão, ele é orientado acerca da existência de um possível direito e encaminhado para a instituição que efetivamente lhe auxilie a resolver o problema.
 
De acordo com a agente Nilza Campos, no estande da Justiça Comunitária a maior procura é sobre informações quanto à emissão de um novo documento, tendo em vista que sem um lar é difícil manter guardada essa identificação. “Estamos atendendo às pessoas que mais precisam de nossos serviços. Nesta ação, a maioria está desabrigada e sem documentação e nós estamos aqui para fazer com que eles consigam esses papéis sem custo algum. Esse trabalho é de grande valia para eles, pois eles realmente precisam e muitas vezes nem sabem que esses serviços são gratuitos. Nós informamos e os aproximamos da Justiça”, ressalta.
 
O secretário municipal de Assistência Social de Cuiabá, Wilton Coelho, explica que o mutirão é voltado para uma população sofrida, que muitas vezes enfrenta quebra de vínculo familiar e tem apenas a rua como opção para morar. “Acima de tudo estamos mostrando para essas pessoas que eles são especiais, fazemos acolhimento e inclusão social, mostrando que eles são importantes para a sociedade. Esse é o principal foco desse segundo mutirão que tem grandes parceiros. Nossa expectativa é que tenhamos cerca de 400 pessoas”, destaca o secretário.
 
  
Keila Maressa
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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