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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
Notícias

29.07.2020 11:10

Corregedoria elogia cartório de Santa Carmem pela primeira escritura digital
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Em tempos de pandemia, toda ação que proporcione melhoria no serviço prestado ao cidadão deve ser reconhecida e valorizada. Esse é o caso do cartório de Santa Carmem, que faz parte da comarca e circunscrição de Sinop, que na última sexta-feira (24 de julho) lavrou a primeira escritura pública de compra e venda de um imóvel urbano de maneira totalmente eletrônica.
 
Segundo a juíza auxiliar da Corregedoria Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, responsável pelo acompanhamento do foro extrajudicial em Mato Grosso, a Corregedoria acompanha o trabalho dos cartórios e fica muito satisfeita com iniciativas como essa. “Temos mantido uma parceria constante. Não se trata apenas de fiscalização e orientação, mas também trabalhamos juntos, incentivando as melhorias. Apoiamos todas as iniciativas que proporcionem um serviço de qualidade ao cidadão, que precisa ser sempre bem atendido, com celeridade.”
 
Conforme a magistrada, os cartórios estão sempre buscando as melhorias e, em razão da pandemia, conseguiram até mesmo acelerar algumas ações que já estavam em andamento. “Recentemente fizemos até mesmo uma live, demonstrando que os cartórios não pararam de trabalhar e procuraram intensificar a questão do trabalho virtual, priorizando as atividades on-line. Tem alguns cartórios que já estão fazendo reconhecimento de forma on-line. Também estamos fazendo a penhora on -line dos imóveis. Enfim, tudo que for em favor de melhorias para os cidadãos a Corregedoria apoia”, destaca.
 
Em Santa Carmem, o ato foi realizado por videoconferência entre a tabeliã interina do cartório, Aline Villa; o comprador do imóvel, que mora em Sinop; e os vendedores, residentes em Matupá. Segundo conta Aline, em vez de as partes comparecerem ao cartório para assinarem a escritura, tudo foi feito de maneira eletrônica, por meio da plataforma e-notariado.
 
“Em razão da dificuldade de deslocamento e da pandemia, as partes pediram para fazer a escritura eletrônica, à distância. Isso representa um grande avanço para toda a população. Muitas pessoas deixavam de fazer a escritura, protelavam o ato, por falta de tempo e incompatibilidade de agenda com as outras partes. Agora não existe mais a necessidade de comparecer ao cartório. Conseguimos lavrar a escritura com toda a segurança digital e jurídica necessária. O procedimento é o mesmo, apenas a assinatura é digital”, salienta Aline Villa. As assinaturas foram enviadas em 10 minutos e a videoconferência durou menos de 10 minutos.
 
“Com poucos cliques a gente consegue finalizar um processo que era bem burocrático. Todos ganham, as partes e o cartório. Conseguimos oferecer celeridade e efetividade para a parte. No começo fiquei um pouco receosa, mas depois que fiz a primeira, percebi que todos acharam o procedimento muito simples e a plataforma bastante intuitiva. Todos ficaram satisfeitos.”
 
Em relação aos procedimentos necessários para a concretização do ato, a tabelião interina explica que é necessário que as partes signatárias tenham um certificado digital, que poderá ser emitido por um tabelionato, sem custos. “A parte pode ir até o tabelionato de sua cidade e fazer o certificado, que fica disponível em todo o país. Essa novidade é muito importante, principalmente nesse tempo de pandemia, pois contribui para diminuir a circulação de pessoas nos cartórios e promove mais celeridade ao ato”, complementa Aline Villa, ao destacar que em breve também será possível realizar divórcios à distância.
 
 
Lígia Saito
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br