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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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25.09.2020 14:09

Metodologia ágil é apresentada como ferramenta de inovação para o Judiciário mato-grossense
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O quarto encontro da Jornada da Inovação do Poder Judiciário de Mato Grosso propiciou a excelente oportunidade de ouvir especialistas em inovação e de discutir como tornar os serviços prestados pela Justiça mais ágeis. Por acreditar que a inovação é o melhor caminho para um serviço público mais eficiente e produtivo, o Núcleo de Inovações promoveu, na manhã desta sexta-feira (25 de setembro) mais um encontro virtual para tratar do tema.
 
O Diretor do Programa Executivo do Gartner, Cândido Júnior, debateu sobre a metodologia Ágil (que nasceu nos anos 2000 por desenvolvedores de software). Além disso, o evento contou com intervenções do Chief Information Officer (CIO) do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Luiz Antonio Garcia; do especialista em inovação e 'prata da casa', juiz João Thiago Guerra e da mediação do juiz auxiliar da presidência, Luiz Saboia.
 
O diretor da multinacional Gartner defendeu a introdução da metodologia - já muito difundida no meio corporativo - para a iniciativa pública. "Os princípios e as práticas do modelo ágil, nasceram no desenvolvimento de softwares, mas podem ser aplicados em várias áreas e organizações. Existem inúmeros benefícios ao Judiciário e a Sociedade", pontuou em suas falas.
 
Segundo Cândido, é evidente que o sistema público tenha suas particularidades, entraves burocráticos em licitações e prazos delimitados por mandatos. Porém a metodologia pode ser aplicada em vários setores do Judiciário. "O modelo ágil não é para ser aplicado em toda a estrutura. Há a parte clássica e tradicional que deve ser mantida. Mas evoluir de forma colaborativa é essencial", disse e emendou com um desafio aos servidores e magistrados: "em qual processo ou área você sugere a aplicação do Modelo ágil para melhorar os serviços do TJMT? E como seria aplicado?"
 
Durante quase três horas da transmissão virtual do bate-papo, o diretor executivo explicou em síntese que o processo Ágil foca na entrega de mini-produtos e não de uma solução definitiva. Segundo ele, no gerenciamento de projetos tradicional, busca-se encontrar o caminho perfeito para se chegar à solução. O gestor precisa realizar análise de riscos, análise de orçamento entre outras. Isso leva tanto tempo que quando a solução está terminada ela já não atende às necessidades do usuário, pois as circunstâncias mudam no meio do caminho. Dando passos menores e experimentando ao longo do caminho é possível aumentar as chances de chegar a uma solução relevante.
 
O juiz de Cuiabá, João Thiago, reiterou que os colaboradores do Judiciário não estão acostumados a "fazer as coisas por blocos e de forma fragmentada. Pensa-se numa solução pronta e acabada. Porém também precisamos pensar em nossas ideias e produtos com o conceito aberto e que podem ser adaptadas ao longo do processo", pontuou, mas alertou que o Poder Judiciário é um espaço hiper-regulado e que toda mudança, evolução e aperfeiçoamento devem ser realizados com muita cautela e responsabilidade.
 
Já o CIO do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), Luiz Antonio Garcia, que estava interpretando o promotor no julgamento do tribunal do júri, questionou que tipo de agilidade o judiciário precisa encontrar. "Apesar de compreender as evoluções como positivas e cito até o nosso Processo Judicial Eletrônico (PJe) até que ponto o juiz deve pensar em agilidade?", contribuiu.
 
A 1ª Jornada da Inovação tem o objetivo de aprimorar a cultura de proatividade e a soluções de dificuldades por todos os servidores do Judiciário. O evento está sendo realizado desde o dia 17 de agosto e ainda contará com outro encontro, promovido no dia 14 de outubro. O Webinário é realizado de forma virtual e gratuita e é destinado ao público interno, mas está sendo transmitido por meio do perfil oficial no Youtube para o público externo devido aos vários pedidos.
 
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Ulisses Lalio
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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