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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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24.11.2022 11:39

Violência na escola: juiz de Chapada fala para professores estaduais em Cuiabá sobre Círculos de Paz
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Agressões intencionais, verbais ou físicas, geralmente de maneira repetitiva, por um ou mais estudantes contra um(a) colega, por exemplo, apesar de serem situações consideradas frequentes em estabelecimentos de ensino, precisam ser resolvidas com determinação pela equipe educacional. Esses atos de hostilidades são caracterizados como bullying, que, além de interferir no clima organizacional da unidade de ensino, podem causar isolamento da vítima e até queda no rendimento escolar.
 
Para mostrar que a saída para esse tipo de situação está no diálogo, o juiz-diretor do Fórum de Chapada dos Guimarães, Leonísio Salles de Abreu Júnior, participou de evento, na quarta-feira (23 de novembro), em Cuiabá, para profissionais do ensino promovido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) que discutiu mediação de conflitos na escola.
 
O magistrado, que coordena o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) na Comarca de Chapada, falou sobre “Círculos de Construção de Paz como prática de prevenção da violência no ambiente escolar”.
 
De acordo com doutor Leonísio Salles, o Círculo de Paz passa a ser mais uma relevante ferramenta no combate a violência escolar, buscando a conexão entre os envolvidos (vítimas, agressores e testemunhas) de forma igualitária, em um espaço seguro e respeitoso onde vai ser discutida a temática, atuando na prevenção e na auto responsabilização da violência escolar.
 
Dessa forma, na visão do magistrado, essa ligação harmoniosa entre a comunidade escolar oportuniza um espaço de paz, mais cooperativo, estimulando relações de amizades, solidariedade, respeito às diferenças utilizando modelos adequados de resolução de conflitos.
 
O juiz parabenizou a iniciativa da Seduc em discutir e trabalhar com esse tema justamente porque relatório apresentado pela própria secretaria aponta aumento da violência em escolas do Estado. Conforme a estatística, baseada nas ocorrências, a elevação de casos foi de 48% em 2021 para 78 % até novembro desde ano, e o bullying, além de ser a principal modalidade de violência, está presente em 65% dos conflitos.
 
Com isso, e segundo doutor Leonísio Salles, tornar-se cada vez mais importante debater estratégias restaurativas para cessar essa onda de violência, para que a escola possa de fato cumprir o papel de ambiente socializador e de inclusão, onde as diferenças possam ser respeitadas. Humilhações preconceituosas ou discriminatórias, geralmente, tornam o ambiente desagregador entre crianças e adolescentes, provocando, inclusive, doenças psicossomáticas.
 
“Nesse contexto é que o circulo restaurativo vai propiciar que a escola, além do primordial que é ensinar o conteúdo regular, auxilie e oriente os estudantes a lidar com as próprias emoções, com as dificuldades, respeitando e convivendo com as diferenças, socializando, dividindo e compartilhando vivências para que possam se relacionar de forma mais saudável, sem agressividade com inclusão. Tudo amparado por relações de confiança, trabalhando a cultura da paz nos jovens para que haja a verdadeira transformação social individual e coletiva”, finalizou o juiz.
 
#ParaTodosVerem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição de imagens. Foto 1: imagem colorida em formato vertical: juiz durante palestra, no auditório da Secretaria de Estado de Educação, em Cuiabá. 
 
Álvaro Marinho
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br