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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
Notícias

10.03.2015 12:02

Justiça pela Paz em Casa inicia com palestra em VG
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A campanha nacional “Justiça pela Paz em Casa”, que teve início na segunda-feira (9 de março) em todo país, começou em Várzea Grande com uma palestra, realizada no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do bairro Cristo Rei, onde foi abordado o tema: “Violência na crise de identidade da Família e Sociedade”.
 
O evento, promovido na comarca pela Segunda Vara Especializada no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, contou com a presença da titular da vara, juíza Marilza Aparecida Vitório, da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, líder da campanha em Mato Grosso e responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher), e da juíza Amini Haddad, do Juizado Criminal Unificado de Várzea Grande e demais parceiros.
 
“O Judiciário de Mato Grosso abraçou esta causa e nós somos operários que estamos dando efetividade a essa bela ideia. A Secretaria de Ação Social do município encampou esta causa, juntamente com outras entidades, como Defensoria Pública, Ministério Público, polícias Civil e Militar, e todos estão dando apoio para darmos atendimento à população”, destacou a juíza Marilza Vitório.
 
Ela explica que o Cras foi escolhido como um ponto de atendimento por ser um lugar onde a população já está acostumada a freqüentar. “Temos que ir onde o povo está. Por isso, viemos no Cras, onde a aproximação é maior. A ideia hoje é de pacificação e prevenção, nós já trabalhamos com a prevenção por meio das delegacias, mas precisamos investir na prevenção. A partir do momento que as pessoas têm conhecimento dos seus direitos, por meio destas palestras de conscientização, elas ficam sabendo como agir e passam a denunciar. Com atitudes como esta ajudamos a reduzir os índices de violência no lar”, destaca a magistrada.
 
O presidente do Conselho de Direito da Criança e do Adolescente de Várzea Grande, Leandro Momente, que ministrou a palestra, abordou a violência no lar e nas relações humanas. Para ele, a redução da violência doméstica depende da política social que a população tem. “Qual é a política pública social que nós temos implantada no nosso governo? Se não tivermos educação, saúde, lazer, esporte, não formamos o cidadão”.
 
Para ele, a participação do Judiciário é fundamental. “Nós sempre damos o enfoque no Executivo, governador e prefeito. O Judiciário está tomando consciência que nós temos três níveis de poder que são iguais; Executivo, Judiciário e Legislativo. Com certeza o Judiciário está dando uma parcela muito grande de contribuição com este tipo de campanha, e isso tem sido excelente”.
 
Quem também ressalta a importância da participação do Judiciário é a gerente da Casa de Amparo para Mulheres Vítimas de Violência, Valquíria de Amorim Xavier. “Campanhas são importantíssimas, porque elas criam nas mulheres coragem para denunciar. Quando elas vêem este tipo de violência, infelizmente, não acontece apenas com elas, passam a procurar seus direitos”.
 
A gerente explica que as mulheres que chegam à Casa de Amparo normalmente tomam a decisão depois de sofrer violência por um longo período, algumas cinco, outras 10 anos. “Normalmente elas já estão no segundo casamento, não trabalham, são dependentes do marido, têm filhos e sentem medo de denunciar. Quando elas tomam a decisão de irem a delegacia é porque já passaram por todo tipo de sofrimento”.
 
 
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