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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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09.03.2016 18:36

Paz em Casa: magistrados visitam casas de amparo
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Os membros da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso visitaram as casas de amparo às mulheres vítimas de violência, na manhã desta quarta-feira (9 de março), em Cuiabá e Várzea Grande. A ação fez parte da Campanha Justiça pela Paz em Casa, idealizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que tem por objetivo combater a violência doméstica e promover a paz nos lares das famílias brasileiras.
 
Os juízes Ana Cristina Silva Mendes, Jamilson Haddad Campos e Jeverson Luiz Quinteiro, de Cuiabá, e a juíza Marilza Aparecida Vitório, de Várzea Grande, acompanharam a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, líder da campanha no Estado. “Eu não conhecia as casas e pra mim foi uma surpresa muito grande ver que as vítimas de violência têm um local onde podem ser amparadas. Mesmo assim, a gente se sensibiliza com a causa, especialmente porque a mulher sai da casa dela não pode vontade própria, mas por outras circunstâncias que a levam a pedir ajuda”, considerou a desembargadora.
 
Maria Aparecida Ribeiro destacou a relevância da iniciativa da ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha. “O trabalho de conscientização realizado principalmente por meio de palestras está sendo importantíssimo na condução da campanha Paz em Casa. A partir do momento em uma mulher toma coragem e denuncia o companheiro, isso serve de exemplo e de estímulo para que outras também façam. Contudo, sabemos que há certo receio, parece que a mulher ainda tem medo em decorrência até mesmo da dependência afetiva. Assim, fica difícil ela sair e denunciar a pessoa que ama”, ponderou a líder da campanha.
 
Para o juiz Jeverson Luiz Quinteiro, a falta de informação deixou de ser um problema há anos. “Muitas vezes a mulher não busca ajuda pela falta de empoderamento econômico. Ela prefere ficar no ciclo da violência a sair de casa, porque o marido é o provedor” frisou, acrescentando que a presença do judiciário nas casas de amparo é fundamental. Atualmente, a Casa de Amparo às Mulheres vítimas de Violência de Cuiabá está com sete mulheres e oito crianças. A instituição é mantida pelo município e possui disponibilidade de 20 vagas. “As mulheres chegam aqui bem abaladas, normalmente encaminhadas pela Delegacia da Mulher já com a medida protetiva, e recebem apoio psicossocial na unidade”, contou Suely Mattos de Paula, coordenadora da Proteção Especial.
 
A casa mantida pela prefeitura de Várzea Grande tem capacidade para 10 mulheres e conta atendimento da equipe técnica – formada por psicóloga, assistente social e pedagoga – horta cultivada com ajuda das mulheres, aulas de artesanato, filmes e programação educativa para as crianças. “A casa recebe mulheres vítimas de todo tipo de violência. Nosso trabalho começa desde a hora em que elas chegam aqui, no recebimento. Procuramos dar carinho e fazer com que se sintam a vontade, em casa. A partir do momento em que demonstram confiança na gente, começamos a conversar sobre um curso, ensinar artesanato, levar para o cultivo da horta, entre outras atividades”, contou Ionice Feliciano Ribeiro, gerente da unidade.
 
A juíza Marilza Aparecida Vitório conta que as visitas à casa de amparo fazem parte da atribuição dos juízes da vara de violência. “As abrigadas são vítimas de violência encaminhadas pela delegacia especializada ou pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). São mulheres que estão impossibilitadas de estar no convívio com o agressor. Então, como medida de prevenção ou até mesmo para salvar a vida delas, são encaminhadas para a casa, comumente com os filhos. Assim, dizemos que as casas de amparo não são só importantes, são imprescindíveis para preservar as mulheres”, defendeu a magistrada.
 
Iluminação verde – Como uma ação da campanha, mais uma vez a sede do Poder Judiciário Estadual se vestiu de verde em apoio à Justiça pela Paz em Casa. Conforme a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, líder da campanha e responsável pela Cemulher, o verde simboliza a esperança, a família e a saúde, por isso foi escolhido como a cor da iniciativa. A iluminação verde é uma recomendação do STF, idealizador da campanha.
 
 
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Ana Luíza Anache
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