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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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13.03.2019 16:53

Desembargadora participa de debate sobre empoderamento feminino
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“Se uma mulher pede socorro, e fala que está correndo risco de vida, não titubeia. Você acredite nela”. Com esta fala a desembargadora Maria Erotides Kneip, da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher), do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, concluiu a participação na 2ª Sala de Debates Empreendedorismo e Empoderamento Feminino. O evento foi realizado no auditório do Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso (CRC-MT), no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, na noite de terça-feira (12 de março).
 
A magistrada foi uma das convidadas de honra que debateram sobre o tema do empoderamento feminino e do enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres. “O evento é de enorme importância. Acredito que as mulheres empreendedoras podem ajudar as outras mais vulneráveis a encontrar a independência”, disse Maria Erotides.
 
A desembargadora falou sobre a Semana Pela Paz em Casa e de ações que o Poder Judiciário mato-grossense toma em busca de soluções para a questão. “Iniciamos essa empreitada para dar suporte à criação dos conselhos de defesa dos direitos das mulheres nos municípios de Mato Grosso. Nós nos reuniremos com as 141 primeiras-damas e lançaremos esse trabalho que precisa ser implantado para fortalecer a rede de proteção das mulheres”, enfatizou.
 
A defensora pública do Estado de Mato Grosso, Rosana Leite, alertou para os números da violência. “É importante falar sobre esses dados. 536 mulheres são agredidas por hora no Brasil. Então, precisamos fomentar essa discussão da ‘não violência contra a mulher’. A sociedade precisa saber dos ricos que as mulheres estão correndo diariamente em todos os lugares. Quebrar o ciclo da violência doméstica é imprescindível para evitarmos os feminicídios”, apontou.
 
Já a delegada da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, Jozirlethe Criveletto, lembrou que as mulheres empoderadas precisam unir forças para dar sustentação aquelas que estão em vulnerabilidade. “Precisamos buscar essas mulheres independentes, principalmente as empreendedoras sociais, que são aquelas que levam conhecimento, capacitação as outras mulheres”, pontuou.
 
A promotora de justiça do Ministério Público de Mato Grosso, Lindinalva Rodrigues, acredita que debates como esse dão ‘luz as trevas’. “Esses debates são de suma importância. Somos quase 52% do eleitorado, mas não tem essa representatividade na política. Diálogos como esse nos fazem alçar voos em busca da igualdade de fato - que é o que todos nós precisamos”.
 
A diretora jurídica da BPW Cuiabá, Cláudia Aquino, explicou que o evento trata de um tema muito sensível. “Precisamos fazer reflexões sobre os números alarmantes de feminicídios e crimes contra as mulheres, principalmente no ambiente doméstico. A BPW tem a missão de unir forças com as instituições, com a sociedade para lutar em prol do respeito às leis e proteção às mulheres”, comentou.
 
Por fim, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Gláucia Amaral, apontou que uma das saídas para o enfrentamento contra a violência doméstica é a educação. “Estamos falando de crimes que podem ser interferidos por meio da educação e da conscientização. Precisamos falar com homens e mulheres e tratar das questões culturais e sociais que estão envolvidas. Conversar claramente sobre esse crime, pode evitar que novas vidas sejam ceifadas”, finalizou
 
 
Ulisses Lalio
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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