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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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30.04.2019 18:46

Desembargador Sebastião de Moraes: 34 anos dedicados à carreira jurídica
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Em 34 anos o que uma pessoa pode fazer? Muitas coisas né? Se casar, definir uma profissão, são muitas opções. Este é o tempo de magistratura do desembargador Sebastião de Moraes Filho, completados hoje (30/04). Tempo de comemorar como o próprio papa-bananas (nascido em Nossa Senhora do Livramento) assumido, que já foi corredor-geral da Justiça do TJMT disse.
 
O início - “Fui criado nas barrancas do Rio Cuiabá, na Avenida Júlio Muller. Naquela época não existia água encanada. Minha primeira missão era encher o tambor de 20 litros e fazer 10 viagens para colocar no depósito d´água. Não tenho vergonha de nada do que fiz. Morava em uma chácara, vendia bolo, moía cana e vendia o caldo também. Eu custeei meus estudos e ainda ajudava meus pais. Em última hipótese pescava e vendia peixes para fazer um dinheirinho. Em um episódio interessante, pesquei 253 jurupensens. Só que não consegui levar sozinho e chamei meu pai. Ele me questionou porquê peguei tanto peixe e mandou distribuir parte deles. Isso em 1964. Saí distribuindo pelas ruas do Porto”.
 
Sonho e realidade - “Em 27 de Novembro de 1950 fui o segundo bebê a nascer na maternidade de Nossa Senhora do Livramento. Hoje ela não existe mais, mas tenho muita honra em ser daqui. Meu sonho era ser contador e exerci por muito tempo a função de técnico em contabilidade na antiga Sanemat, mas me identifiquei muito com o Curso de Direito e era o único que poderia ser cursado no período noturno. Como me casei com 19 anos e minha esposa com 15, era o que precisávamos. Trabalhar de dia e estudar a noite e o Direito é muito apaixonante”.
 
Carreira - “Após formado advoguei por 10 anos e em 30 de abril de 1985, entre 80 candidatos à magistratura de Mato Grosso, oito foram aprovados e eu em quarto lugar. Hoje de minha turma apenas eu e a desembargadora Erotides atuamos. Alguns faleceram, outro aposentaram. Nesta turma tivemos, por exemplo, os desembargadores Juraci Persiani e José Luiz de Carvalho. Após ficar um período realizando júri popular em Cuiabá, assumiu as Comarcas de Jaciara, Tangará da Serra e Barra do Garças. A vinda para a Capital foi em 1990 e a promoção ao cargo de desembargador, pelo critério de antiguidade, cinco anos depois”.
 
“Adquiri tempo de aposentadoria em 30 de abril de 1997, mas estou aqui há 22 anos, porque gosto do que faço e quem trabalha no que gosta, tem prazer em exercer sua função. Gosto de fazer meus votos, mas penso na aposentadoria.
 
Curiosidade - Um fato curioso ocorreu quando fui juiz eleitoral em Barra do Garças. Um candidato índio do Distrito de General Carneiro foi o mais votado para vereador, mas o partido dele não atingiu o quociente partidário, portanto, não teve direito a vaga. Mas no dia seguinte apareceram uns 30 índios pintados para guerra e um comandante do Exército recomendou que eu os atendesse onde eles estavam. “Flecha disparada de perto dói menos”
 
Agradecimentos - “Tenho que agradecer muito meus companheiros de trabalho e servidores que me acompanham e especialmente minha família na pessoa de minha esposa. Tenho uma mulher forte em todos os sentidos. Ela é mãe de três filhos, estudou, concluiu o Curso de Direito também. Educou meus filhos. Os três também são formados em Direito e passaram na OAB. Meu filho mais velho, Marcelo também é magistrado e minha esposa tem muito com tudo isto. Ela nos apoia no que fazemos.
 
Outros prazeres - Cresci na época do Santos de Pelé e do Botafogo de Garrincha. Não poderia ser diferente, mas respeito as escolhas dos outros. Nenhum filho seguiu meu caminho no futebol. Jogo minha bola até hoje e marco meus gols com os amigos. É um momento que gosto muito.
 
Conclusão - Vejo cada processo como uma batalha. Certo ou errado, procuro sempre decidir de acordo com minha consciência, mas se perceber que votei errado, não faço cerimônia em mudar. Quando passei pela corregedoria tentei exercer com seriedade e companheirismo o cargo, sem deixar de cumprir as funções. Como dizia o político e orador americano, Robert Ingerssol: Na vida não há prêmios nem castigos, mas sim consequências.
 
 
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Ranniery Queiroz
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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