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09.08.2019 11:19

Ressocialização: Grupo de Monitoramento conhece boas práticas da cadeia de Nova Xavantina
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 É apostando no trabalho que a Cadeia Feminina de Nova Xavantina (645 km de Cuiabá) desenvolve diversas ações para promover a ressocialização das internas. A unidade tem capacidade para 50 pessoas, mas já está com 65. Em visita à região do Araguaia, o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça (GMF) conheceu as boas praticas desenvolvidas no local.
 
Maria Aparecida Silvério Ferreira de 42 anos, por exemplo, já fez oito cursos no período em que está na unidade. “De todos os cursos que fiz gostei mais de hortaliças. Eu gosto de mexer na terra, de mexer com plantas e acho que quando sair daqui posso continuar fazendo isto”, disse a interna.
 
Para oferecer os cursos, o diretor da unidade, Ricardo Olímpio Gonçalves, foi em busca de apoio. A cadeia oferece em média 10 cursos por ano, desde hortaliças e corte e costura até o trabalho de limpeza extramuros na Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Os cursos têm o apoio do Sindicato Rural de Nova Xavantina. “Sabemos que a reinserção na sociedade passa pelo aprimoramento delas, principalmente na qualificação profissional, por isso teremos mais dez cursos para o ano de 2020. A demanda existe e estamos tentando fazer nossa parte”, informou o diretor.
 
O trabalho transformou a vida de Edileide Ribeiro dos Santos Lima. Ela já realizou diversos cursos e conquistou a possibilidade de trabalhar fora da cadeia. “Eu já penso diferente de quando entrei aqui. Agora é só família. Hoje estou trabalhando no Corpo de Bombeiros, faço a comida e mantenho o lugar limpo. Ajuda a passar o tempo e manter a esperança. Sou mãe de três filhos e quero que eles tenham oportunidade” reforçou.
 
O desembargador Orlando de Almeida Perri, supervisor do GMF, o coordenador, juiz Geraldo Fidelis e o juiz Bruno D´Oliveira Marques, ouviram pedidos e reclamações das presas e gostaram das ações desenvolvidas na unidade. O juiz Geraldo analisou a situação da Cadeia Pública de Nova Xavantina. “Aqui temos 17 presas condenadas e 48 provisórias. É uma cadeia regional, isso dificulta muito o acesso ao trabalho. A maioria dos casos envolve a prisão com pequenas quantidades de drogas. O cárcere da mulher é muito mais doloroso...há uma sensação de abandono muito grande. Elas precisam de apoio. Tudo isto fará parte de nosso relatório e deverá ajudar a sanar muitos problemas nas unidades prisionais de Mato Grosso", concluiu o juiz"

 
Os primeiro polos a serem visitados pelo GMF foram Diamantino e Tangará da Serra. Já estão agendadas visitas aos polos de Porto Alegre do Norte ainda em agosto (19). Já em setembro o GMF irá à Juína (02), Pontes e Lacerda (19) e Cáceres (20). Em outubro as visitas serão em Alta Floresta (17) e Sinop (18) e em novembro, na Capital.
 
 
O GMF é formado também pelo juiz, Jorge Luiz Tadeu, a presidente da Funac, Dinalva Souza, o psicólogo da Funac, Walter Mutran de Oliveira, secretário adjunto de Administração Penitenciária da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), Emanoel Flores, a advogada do Sistema Penitenciário, Sibele Roika, e o agente penitenciário Jean Carlos Gonçalves.
 
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Ranniery Queiroz
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