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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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10.08.2020 12:10

Justiça Comunitária promove novo atendimento a famílias ribeirinhas durante a pandemia
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Gente simples, ribeirinha, que vive às margens do rio Cuiabá, e que, neste momento de pandemia, se vê ainda mais isolada e muitas vezes dependente de ajuda para sobreviver e prover a própria família. Esse é o grupo atendido pelo programa Justiça Comunitária do Poder Judiciário de Mato Grosso, que, na semana passada, entre os dias 5 e 8 de agosto, se deslocou pelo rio, na região pantaneira, promovendo o atendimento de famílias que moram nas comunidades de Caranda Grande, Boca do Moquem e Limoeiro, integrantes do município de Poconé.
 
O rosto da dona Maria Umbelina de Oliveira Silva expressava a gratidão ao receber uma cesta básica repleto de alimentos. “A cesta vai ajudar e muito! Só por Deus mesmo que vocês estão sempre olhando pra cá, cuidando de nós aqui (sic). Mas com Deus a gente vai chegar lá. E é Deus que vai pagar vocês, do que vocês estão fazendo aqui”, destacou a ribeirinha.
 
Ao todo, foram cerca de 100 famílias atendidas, com a distribuição de três toneladas de alimentos, além de kits odontológicos e roupas. Toda a ação foi coordenada pelo juiz José Antonio Bezerra Filho, com o apoio das assessoras Tatiane Guerra e Gabrielle Lima. Atuaram como parceiro da iniciativa os agentes comunitários de Justiça e Cidadania de Poconé; a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil local, com a doação das cestas básicas; a Associação Mato-grossense de Magistrados, que forneceu os kits odontológicos e a Polícia Federal de Cáceres, que viabilizou as roupas.
 
“Essa é uma prestação de contas aos parceiros que acreditam na Justiça Comunitária, trazendo alento à população ribeirinha. A Ordem dos Advogados do Brasil, através do doutor Armando Cândia, que nos disponibilizou 55 sacolões; a Amam, com o kit odontológico, a Cacau Show de Jaciara, com os chocolates, e novamente aqui, a Polícia Federal, com as doações de roupas. Obrigado a todos por confiarem em um Judiciário diferente, pró-ativo e que faz a diferença na vida da população”, afirmou o juiz José Antonio Bezerra Filho, conhecido por todos como ‘doutor Tony.
 
Morador da comunidade de Limoeiro, Domingos Sávio Diniz Soares relembrou já ser ‘cliente’ da equipe do Justiça Comunitária, quando o projeto Ribeirinho Cidadão passa pela região todo início de ano. “Já fui atendido por vocês ‘pra’ ver a minha vista, que eu não enxergo muito bem, naqueles barcos grandes que passaram aqui. Fiquei muito contente porque eu não estava enxergando nada. Vocês caíram do céu ‘pra’ nós aqui, porque quando vocês vêm, é só pra fazer o bem. Isso é muito bom, a gente fica sem ter palavras ‘pra’ agradecer, na realidade. Eu fico agradecido da presença de vocês aqui”, assinalou.
 
Jair Rodrigues Bueno, também morador da região, enfatizou que os ribeirinhos precisam de coisas simples e úteis, que muito ajudam os pantaneiros, os ribeirinhos natos. “São os moradores da localidade que necessitam desse apoio. Qualquer contribuição é bem-vinda. Todo mundo agradece! Há muito tempo conheço o doutor Tony e as coisas têm acontecido. Está chegando até aqui, não fica só em projeto.”
 
Aos 80 anos, Pedro da Silva Lima, da comunidade de Caranga Grande, reclamou da falta de peixe no rio, e pontuou que a cesta básica vai ajudar em casa. Já Creusa Maria da Silva, moradora da comunidade de Limoeiro, também agradeceu a visita da equipe. “O sacolão vai ajudar muito”, resumiu, na simplicidade de uma autêntica ribeirinha.
 
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Lígia Saito
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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