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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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24.06.2022 16:01

Judiciário realiza Semana de Práticas Restaurativas em Primavera e assina cooperação técnica
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 Entre os dias 27 e 30, o Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (Nugjur) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, coordenado pela desembargadora Clarice Claudino, realiza a Semana de Práticas Restaurativas em Primavera do Leste. Serão realizados círculos de construção de paz e ainda ocorrerá a assinatura de um termo de cooperação com o município. O objetivo é ajudar na redução da crescente violência observada nas escolas após o retorno das atividades presenciais.
 
De acordo com a gestora-geral do Nugjur, Euzeni Paiva, a inspiração para o trabalho do Nugjur é “no momento em há a oportunidade da escuta afetiva, sem julgamentos, é possível o entendimento de que não se está sozinho. O adolescente, nesse contexto, tem a oportunidade de aprender a ouvir os problemas de quem está próximo dele, podendo ajudar na solução dos próprios problemas e também, por consequência, fortalecer a cultura da paz na sociedade”.
 
As atividades em Primavera já vão iniciar de maneira intensa com círculos de paz em escolas estaduais, municipais, Cejusc, Delegacia da Mulher, Câmara de Vereadores, órgãos municipais como Unidades de Saúde, entre outros.
 
Seminário - No dia 30, ocorre um Seminário com palestras da desembargadora Clarice Claudino e do juiz coordenador Túlio Dualibi. Na oportunidade, será firmado um termo de cooperação com a Prefeitura, institucionalizando as práticas dos círculos de construção de paz na rede de ensino municipal. Primavera do Leste já aprovou no Legislativo uma lei municipal sancionada pelo prefeito Leonardo Bortolin que regulamenta as práticas de da Justiça Restaurativa como política pública.
 
O termo que será assinado vai detalhar as ações quanto a implantação e expansão dos círculos de construção de paz nas escolas municipais. O Nugjur será o responsável pela formação de facilitadores e gestão da política de forma estratégica e os parceiros operacionalizam, ou seja, vão passar a aplicar as ferramentas no cotidiano das escolas.
 
“As ferramentas da Justiça Restaurativa mostram, na prática, os efeitos da escuta ativa. Por meio do diálogo, você consegue resolver os conflitos. Por exemplo, ao juntar numa sala os adolescentes mais vulneráveis e que apresentam problemas nas escolas como brigas, desrespeito aos educadores, e se dá a oportunidade deles falarem e ouvirem uns aos outros, cada um vai percebendo que não é só ele quem tem problemas. Aí ele consegue ressignificar suas atitudes e toma consciência”, explica a gestora.
 
A técnica desenvolvida permite que sejam fortalecidos os vínculos sociais e se baseia na ideia de que pessoas com relações sociais saudáveis fortalecidas contribuem para uma sociedade mais pacífica. Os conflitos encontram solução no diálogo e na harmonia.
 
“O município de Primavera tem potencial grande porque já tem trabalho com resultados em uma escola estadual há 3 anos, já tem a experiência. O objetivo é trabalhar de forma preventiva para construir cidadãos que vão gerir cidades, estados e até o país”, complementa Euzeni Paiva.
 
Nova Mutum e Chapada dos Guimarães - No último mês, o Nugjur também esteve em Nova Mutum e em Chapada dos Guimarães levando o as práticas da Justiça Restaurativa. Nos municípios foram realizados círculos de construção de paz com autoridades como gestores municipais, vereadores, secretários, diretores de escolas. “O intuito é sensibilizar as autoridades para percebam, pela própria experiência, como as ferramentas podem ajudar na solução de questões e na promoção da cultura da paz”, explica a gestora do Nugjur.
 
Andhressa Barboza
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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