Público pode assistir às provas orais do concurso da magistratura presencialmente ou pelo YouTube
Enquanto os candidatos da prova oral
do concurso da magistratura do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) eram
inquiridos pela banca examinadora, em uma das salas da Escola dos Servidores do
Poder Judiciário, na manhã desta terça-feira (28), um jovem sentado na plateia
acompanhava atento. Era o advogado Rodolfo
Clemente Neto. Ele veio de São Paulo (SP) para torcer de perto pela namorada,
que é uma das candidatas deste certame. “É essencial! Acho que é um momento
que, dada a relevância, é impossível que, mesmo para quem está mais preparado,
não se sinta nervoso. E estar junto é uma forma de poder contribuir nesse
momento”, afirma.
Rodolfo conta que também estuda para concursos, ou seja, além de torcer pela namorada, sua participação como ouvinte também tem o objetivo de estudos.
“É uma oportunidade muito interessante
de verificar como está o preparo e as respostas de candidatos altamente
qualificados e que estão disputando vagas concorridíssimas e de altíssima
relevância. Acaba sendo importante tanto para ter uma noção daquilo que é
perguntado, como da estrutura que muitos candidatos usam para responder as
questões. É uma experiência ímpar e que recomendo muito”.
Quem também acompanhava a aplicação da
prova oral do concurso da magistratura era Lucas Mickael da Silva Almeida,
analista do Ministério Público Federal e “concurseiro”, que se prepara para tentar
ingressar na carreira de Procurador do Estado e estava na sessão de arguição
para fins de estudos.
Segundo Lucas,
assistir às arguições é uma vivência da realidade. “Nós percebemos a forma como
é perguntado, alguns tipos de dicas, algumas perguntas em que tentam colocar o
participante ‘na parede’ para ver se ele realmente sabe. Então, é uma forma de
perceber a vivência e se preparar emocionalmente para futuramente, quando você
for participar”, pontua.
Audiência
qualificada
Outro ouvinte da sessão
pública do certame, na segunda-feira (28), foi o juiz Vinícius Paiva Galhardo, do Núcleo de
Justiça Digital de Execuções Fiscais de Cuiabá. “Estar presente durante a prova
oral foi uma oportunidade especial para acompanhar de perto um momento decisivo
na vida dos candidatos e, ao mesmo tempo, testemunhar o trabalho sério,
comprometido e transparente que o TJMT vem realizando na condução do concurso.
O cuidado com cada detalhe demonstra o respeito da instituição com todos que
sonham em integrar a magistratura mato-grossense”, comentou.
Durante muitos anos, o magistrado
atuou como professor de cursos jurídicos e preparatórios para concurso. Mesmo
afastado da docência, ele segue atento a esse universo, bem como incentivando a
prática de assistir às provas orais. “É uma experiência valiosa, que contribui
significativamente para o amadurecimento dos candidatos. Observar o ambiente, a
postura exigida e a dinâmica das arguições ajuda a construir confiança e
preparação emocional para quando a própria oportunidade chegar”, observa.
Transparência
A presença do público externo nas
sessões das provas orais do concurso da magistratura do TJMT está prevista em
edital e tem por objetivo garantir a transparência dos trabalhos da banca
examinadora. Conforme a regra, os ouvintes podem entrar no local da prova conforme
a capacidade do espaço.
A orientação da comissão organizadora
é que os interessados em assistir às provas orais cheguem com 1 hora de
antecedência, munidos de documentos pessoais, para cadastramento; e que respeitem
o ambiente de silêncio e organização, evitando causar prejuízos aos candidatos.
Além da participação presencial, o
público também pode conferir as provas orais por meio da transmissão ao vivo nocanal do TJMT no YouTube, até a próxima sexta-feira (31 de outubro), sempre a
partir das 8h e das 14h. Somente a transmissão de terça-feira (29) contou com
pico de 496 pessoas assistindo simultaneamente, e total de 18.378 visualizações
até a manhã desta quarta-feira (29).
Para
a presidente da Comissão do Concurso,
desembargadora Clarice Claudino da Silva, causa-lhe alegria esse interesse das
pessoas em acompanhar essa etapa do certame. “Significa que a
sociedade está acompanhando, está se inteirando melhor de como se processa um
concurso da magistratura e não fica circunscrito só entre aqueles que têm
interesse, que querem fazer um concurso no futuro”, diz.
Conforme
Clarice Claudino, a maior compreensão sobre a dinâmica do concurso público o
legitima perante a opinião pública, especialmente a parcela da população que
não atua no sistema de justiça. “Ver que é um concurso sério, transparente,
ausente de qualquer tipo de influência, aumenta a credibilidade do Poder Judiciário
e nos aproxima da sociedade, que fica mais confortável, conhecendo como
funciona a escolha dos juízes e das juízas que são colocados depois à serviço
dessa sociedade”.
Sentimento
de quem já chegou lá
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Celly Silva / Foto: Alair Ribeiro e Josi Dias
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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