Último dia de prova oral marca reta final do concurso para juiz substituto do TJMT
O
Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) encerrou nesta sexta-feira (31) a
etapa de prova oral do concurso público para juiz substituto. A fase final
ocorreu na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, em Cuiabá, com sessões
abertas ao público e transmissão ao vivo pelo canal oficial do TJMT no YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=bYBduXZzefo
Os
candidatos foram avaliados pela banca examinadora formada pela desembargadora
Clarice Claudino da Silva, presidente da Comissão do Concurso, pela
desembargadora Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo, integrante da banca, e pela
promotora de Justiça Taiana Castrillon Dionello, representante do Ministério
Público.
Ao
longo das arguições, os 76 concorrentes que avançaram no certame, iniciado com
1.880 inscritos, enfrentaram questionamentos sobre temas sorteados com 24 horas
de antecedência. Cada participante dispôs de cerca de 20 minutos para
demonstrar conhecimento em áreas como Direito Constitucional, Civil, Penal,
Ambiental e do Consumidor, além de Ética, Filosofia e Sociologia do Direito.
Ao
fazer um balanço da fase oral, a desembargadora Clarice Claudino destacou o
clima de harmonia e tranquilidade que marcou os trabalhos da banca examinadora.
Segundo ela, apesar da intensidade da maratona de arguições, tudo ocorreu
conforme o planejado.
“Embora
seja uma jornada exaustiva, porque são muitos candidatos e a arguição tem seu
tempo cronometrado para cada um, os trabalhos transcorreram na mais absoluta
harmonia, com muita tranquilidade, e não houve qualquer incidente ou
dificuldade. Os candidatos foram acolhidos com muita energia positiva, o que os
deixou mais calmos e tranquilos. Estamos com o coração leve e a sensação do
dever bem cumprido”, afirmou.
A magistrada
também ressaltou o interesse do público em acompanhar as provas e a importância
da transparência do certame. “Foi interessante notar o quanto a população tem
acompanhado as arguições pelo YouTube, o que demonstra um interesse genuíno em
conhecer o funcionamento de um concurso dessa natureza. Isso aumenta a
credibilidade e a confiança da sociedade na magistratura”, completou.
A
desembargadora Vandymara Galvão Ramos Paiva Zanolo avaliou positivamente o
desempenho dos candidatos e o andamento da etapa. Ela acrescentou que a
previsão é de que as notas sejam divulgadas até o fim do ano. “Foi muito bom. A Fundação Getulio Vargas
(FGV) está responsável pela publicação dos resultados, e a expectativa é
concluir essa fase até dezembro. A ideia é que, se possível, a posse dos
primeiros aprovados ocorra ainda em fevereiro, dependendo das questões
orçamentárias”, afirmou.
Representando
o Ministério Público, a promotora de Justiça Taiana Castrillon Dionello também
destacou a lisura e a transparência que marcaram a fase oral. “A prova oral é o
ápice do concurso público, e os candidatos demonstraram muito preparo. Foi uma
etapa conduzida com tranquilidade, lisura e transparência, já que todas as
sessões foram transmitidas no YouTube, com perguntas previamente definidas, sem
surpresas. Todo o processo foi realizado com imparcialidade e clareza”,
concluiu.
Também
na manhã desta sexta-feira, quatro candidatos que se autodeclararam negros
passaram pela avaliação da banca examinadora de heteroidentificação, conduzida
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A etapa é prevista no edital do concurso e
tem o objetivo de confirmar a veracidade da autodeclaração racial dos
participantes, assegurando a correta aplicação da política de cotas raciais no
certame.
Apoio da família e desejo pelo social
movem candidatos
A prova oral continuou no período da tarde, com
novos candidatos. A primeira a passar pela avaliação da banca examinadora foi a
sul-mato-grossense Juliana Tosta, que atualmente reside no interior de São
Paulo. Para encarar esse desafio, Juliana não abriu mão de que os pais e o
esposo acompanhassem sua arguição.
Segundo ela, há mais de oito anos ela se prepara
para esse momento, com o apoio da família. “Agora o sentimento é o de dever
cumprido. É uma preparação de uma vida toda para chegar aqui, mas posso dizer
que passei pela melhor experiência possível. Não tenho como descrever o tamanho
do acolhimento da banca e o respeito que todos os colaboradores demonstraram
conosco. Para poder chegar até aqui exige muita dedicação e abdicação”, disse
Juliana.
O analista judiciário Jail José Alves Júnior veio
de Belém (PA) para participar do certame. Para ele, o momento é especial,
principalmente levando em consideração a quantidade de candidatos e de etapas
que já foram cumpridas. Ele destacou ainda que considera uma vitória ter
conseguido estar diante de uma banca qualificada.
“Trabalho como assessor de juiz há mais de dez anos
e vejo a importância do Poder Judiciário no sentido de transformação social
daquilo que precisa ser mudado e manutenção daquilo que não precisa. O Brasil é
um país que necessita de muitas decisões que possam impactar positivamente e
resultar em melhorias à população”, completou.
Compuseram a banca no período vespertino a
desembargadora Clarice Claudino da Silva, o representante da OAB-MT e membro
suplente, Douglas de Barros Ibarra Papa e a promotora de Justiça Taiana Castrillon Dionello.
Fotos: Josi Dias e Maycon Xavier
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Flávia Borges/Bruno Vicente
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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