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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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18.04.2022 18:09

Escola da Magistratura inicia Curso de Formação de Formadores para juízes
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Compreender os novos paradigmas pedagógicos do ensino profissional no contexto da magistratura é um dos objetivos do Curso de Formação de Formadores – Nível 1 (Fofo), realizado nesta semana pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura (Enfam) no Estado de Mato Grosso. As aulas são ministradas na Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), presencialmente para 27 juízes, até o dia 20 de abril, no período matutino e vespertino.
 
Um dos professores, o juiz Jeverson Quintieri, explicou que o curso, realizado em quatro etapas, visa formar juízes professores. “Este curso é voltado para pessoas que já são formadas, são adultas e estão em processo de aprendizagem. A proposta da Enfam é formar formadores dentro da visão da andragogia (ensino e aprendizagem para adultos) onde o aluno é protagonista e faz parte do processo de construção do conhecimento. Não é aquele aprendizado passivo, onde a pessoa senta e ouve uma pessoa que tem conhecimento enorme, mas que representa apenas 5% das formas de aprendizagem do aluno.”
 
Quintieri afirma ainda que nesta etapa o foco é o processo de construção do conhecimento, formação por competência, processo de ensino baseado na solução de problemas e elementos de planejamento de aula.
 
Fernando de Assis Alves, professor da Enfam, ressaltou a importância de romper com os paradigmas da formação tradicional para uma formação que utiliza metodologias ativas. Ele explicou que essa ruptura faz com que, de fato, a formação seja voltada para as competências profissionais que são tão necessárias nos dias atuais. Como exemplo, o professor citou a própria questão de resistência do aluno.
 
“O aluno, normalmente, quer ser o excluído no espaço sala de aula, quer ser invisível. As metodologias ativas, entretanto, propõem a integração do próprio conhecimento, então, os alunos são convidados a participar. No curso, os presentes perceberão características destes métodos antigos e quais as formas de romper com isso, utilizando-se de métodos didáticos e pedagógicos. O sentido é de acolhimento e não de exclusão. Entretanto, muitas vezes ocorre de o aluno ser excluído e não acolhido, fazendo com que a aprendizagem não seja significativa. O objetivo é fazer com que de fato a aula faça sentido para eles e percebam-se como elementos importantes e protagonistas do ensino e da aprendizagem.”
 
O curso é um processo de investimento na qualificação profissional do magistrado. Pensando nisso, o juiz Antônio Carlos Pereira de Souza Junior, da Comarca de Comodoro, afirma que a expectativa para esse e para os próximos módulos são as melhores possíveis. “Aqui aprenderemos métodos corretos de ensinos de repasse de conhecimento. Ainda não dou aula e preferi me gabaritar primeiro, antes de me integrar à docência. Este é um investimento importante e nosso Tribunal está sempre na vanguarda, buscando a disseminação de conhecimento.”
 
Também a juíza Hanae Yamamura de Oliveira explicou que estava aguardando o curso desde antes da pandemia e agora está aproveitando a oportunidade para se capacitar nessa matéria. “Fiquei muito feliz de saber que o curso estava sendo realizado aqui em Cuiabá. Tenho certeza que vai contribuir com a nossa formação enquanto magistrados e futuros formadores, assim como tenho certeza que o curso será enriquecedor.”
 
 
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual.
 
Descrição das imagens: Foto1 – imagem retangular colorida. Professor veste roupa cinza claro e escuro, segura microfone e fala com alunos. Ao fundo quadro escolar branco com imagem escrita Formação de Formadores. Nas paredes cortinas tipo persiana verdes. Foto 2 – imagem retangular colorida. Professor Jeverson veste roupa azul escura. Em pé, distribui folha de papel a juízas sentadas. Foto 3 – entrevistado veste camisa polo roxa. Foto 4 – Entrevistada japonesa tem cabelos compridos e veste camisa branca e preta.
 
 
 
Keila Maressa/Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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