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 18/04/2013   09:10 

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Magistrados e alunos trocam experiências

 
Troca de experiências e atualização para o Poder Judiciário de Mato Grosso são os grandes benefícios de se ter magistrados atuando no mundo acadêmico. Para juízes e desembargadores, estar em sala de aula significa prazer e novos aprendizados. Do outro lado, os universitários apostam no vasto conhecimento jurídico do magistrado para aprender um pouco mais.
 
Atuando na Nona Vara Cível de Cuiabá, a juíza Amini Haddad Campos divide o tempo da magistratura com a academia e se dedica a turmas de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso. Destaca que ensinar é prazeroso. “É magnífico ver no outro a possibilidade de troca de experiência. Na universidade existe uma troca muito rica entre aluno e professor”.
 
Formada em Direito pela UFMT, Amini Haddad lecionou na instituição nos anos de 1997 e 1998. Deixou a universidade ao passar no concurso para a magistratura, mas posteriormente participou de novo certame e retornou para a academia há 5 anos. “Tenho amor pelo o que faço e acredito que a minha presença demonstre aos alunos a visão do que é a magistratura. É uma forma deles se aproximarem da Justiça, ver que não é algo distante do cidadão”. 
 
De um lado, o magistrado está sempre atualizado no que se refere a leis e processos. Do outro, estudantes apresentam uma visão diferenciada, buscam informações e apresentam anseios sociais comuns. “Essa mistura permite debates, apresentação de ideias e enriquecimento para os dois lados. O professor ganha muito com isso, aprende muito. Fazer parte do mundo acadêmico garante ainda mais atualização e quem ganha com isso é o Poder Judiciário, que conta com magistrados com uma visão diferenciada”.
 
A opinião é compartilhada pelo desembargador Guiomar Teodoro Borges, que também entende como afetiva a sua relação com a academia e alunos. “Por mais que eu tenha muita ocupação como magistrado, me agrada muito esse contato e troca de experiência com o mundo estudantil. Se você fica somente no plano do processo, perde essa vivência e a proximidade com o cidadão, com as novas ideias, com outras visões”.
 
O desembargador conta que se dedica ao magistério desde 1991, na época em que atuava como promotor de justiça. Diante da experiência, relata que a figura do professor hoje é bastante diferenciada. “Antes, o professor era aquela figura detentora do conhecimento, ele estava acima. No mundo contemporâneo o aluno participa do processo, da construção do conhecimento. É muito satisfatório poder contribuir com o ensino e o Poder Judiciário ganha muito com isso, na medida em que o magistrado que atua na academia tem uma experiência diferenciada”.
 
A presença dos operadores do Direito em sala de aula também é avaliada de forma positiva pelos alunos. Aluno do quinto semestre de Direito da Universidade de Cuiabá (Unic), Victor Lopes entende que esta é uma experiência importante, uma vez que esses professores trazem na bagagem muito conhecimento acerca do Judiciário, adquirido durante a carreira. “Temos maior possibilidade de interagir e reunir prática e teoria”.
 
Da mesma turma de Victor, Bruna Prado complementa que o magistrado em sala apresenta aos estudantes a realidade do trabalho desempenhado frente aos processos. “Ele traz a vivência profissional para a sala”.
 
Cursando o segundo ano de Direito na UFMT, Deborah Ribeiro tem visão semelhante a dos futuros colegas de profissão. “Aprendemos mais como funciona na prática e conseguimos entender a dinâmica do Direito fora da sala de aula”.
 
 
Raquel Ferreira / Juliana Polippo
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
(65) 3617-3393/3394