São José do Rio Claro completa 25 anos
A Comarca de São José do Rio Claro (315 km a médio-norte de Cuiabá) comemora Bodas de Prata nesta quinta-feira (19 de março). Ao completar 25 anos, os servidores festejam as melhorias conquistadas ao longo do tempo como mais qualidade nas condições de trabalho, na estrutura física e até investimentos na vida do servidor. Atualmente, a comarca pertence à categoria de Segunda Entrância e possui duas varas, ambas jurisdicionadas pelo juiz Walter Tomaz da Costa.“Nossa estrutura física hoje é boa. Temos um Tribunal de Júri que nunca imaginamos ter, pois sabemos que existem comarcas mais antigas que não possuem sala especialmente estruturada para esse tipo de julgamento”, explica o magistrado. Costa afirma ainda que, além do Judiciário, os servidores tiveram o perfil mudado e também o magistrado, pois “antigamente o juiz dizia o direito pura e simplesmente. Hoje é proativo, trabalhando preventivamente para conseguir evitar que litígios se tornem processos nos escaninhos das varas”, ressalta.Os servidores também percebem as mudanças trazidas com o tempo. Zenaide Venâncio, 14 anos de Judiciário, se lembra de que quando a comarca foi inaugurada. O prédio foi construído com a ajuda dos munícipes e grande parte dos móveis foram doados também. “Os móveis eram de madeiras e não seguiam um padrão, pois cada cidadão deu uma parte. Os servidores mais antigos também fizeram muitas doações para que a comarca começasse a atuar”, explica a gestora geral do Fórum. Já Lucimeire Atripino de Barros, 24 anos de Judiciário, atualmente gestora administrativa, volta no tempo quando se fala sobre o aniversário e se lembra de quando a cidade tinha energia a motor, que falhava muitas vezes. Ela perdeu a conta de quantas vezes fizeram audiências com luz de lampião e de velas. “Todas as salas tinham ventilador que ficavam ‘esvoaçando’ os papéis e as mesas tinham peso para segurar os documentos. Hoje as salas têm ar condicionado. Até as cadeiras recebem averiguação de ergometria para garantir a postura do servidor. Isto é investimento na classe”, frisa a servidora.
Da mesma forma o advogado José Maria Mariano, que impetrou a primeira ação na comarca, se lembra de quando a cidade era jurisdicionada por Diamantino. “Sem fórum, a população estava mais carente da Justiça. Depois de instalado foi clara a melhoria pela qual a cidade passou e, inclusive, com o passar do tempo, a Justiça ficou mais acessível ao cidadão”. O advogado ainda se lembra de um fato engraçado, que foi a arrecadação de bezerros entre os moradores para fazer um leilão e assim angariar fundos para fazer o acabamento estrutural do Fórum.
Juízes – Quando foi inaugurada, há 25 anos, a primeira juíza a atuar na comarca foi Helena Maria Bezerra Ramos. Em seguida jurisdicionaram os juízes Marcos José Martins Siqueira, Márcio Aparecido Guedes, Adauto dos Santos Reis, Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, Melissa de Lima Araújo, Ricardo Alexandre Riccielli Sobrinho, Francisco Ney Gaíva e, atualmente, Walter Tomaz da Costa.
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