Corregedoria Nacional encerra inspeção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso
A inspeção da Corregedoria
Nacional de Justiça no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) encerrou-se
nesta sexta-feira (27 de junho). Durante quatro dias, uma equipe formada por
magistrados e servidores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), coordenada pelo
desembargador Arnoldo Camanho, verificou a compatibilidade das práticas dos
setores administrativos e judiciais do Tribunal com as resoluções e as orientações
do CNJ. O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques,
participou da abertura dos trabalhos, na terça-feira (24). A inspeção de rotina
segue um cronograma previamente estabelecido e o Tribunal de Mato Grosso foi o
último, de nove, a ser visitado neste primeiro semestre de 2025.
Para a inspeção, os 10
magistrados e 20 servidores, dividiram-se em nove equipes para visitar 62
unidades do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Por amostragem, foram visitadas
unidades localizadas em Cuiabá e cidades do interior próximo, de modo a
permitir uma percepção do funcionamento do Judiciário local, com a verificação
de práticas de referência que podem ser disseminadas e de algumas carências que
precisam ser sanadas.
Foram inspecionadas presencialmente
unidades judiciárias de primeiro e segundo graus de jurisdição (cíveis e
criminais), além dos gabinetes de desembargadores, da Presidência,
Vice-Presidência, Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), unidades administrativas
e serventias extrajudicial (cartórios). Os trabalhos in loco são realizados sem interferência no dia a dia das unidades
e sem alterar os prazos dos processos em andamento.
O presidente do TJMT,
desembargador José Zuquim Nogueira, dirigindo-se ao desembargador Camanho,
agradeceu a “maneira educada, respeitosa, cortês e, acima de tudo, orientativa
com que a equipe atuou”. Para ele, foi
um marco deixado na instituição. “Mais uma vez, ficou demonstrado que a
preocupação do CNJ é, de fato, orientativa, como bem coloca o ministro corregedor
nacional. Sentimo-nos lisonjeados em receber toda a sua equipe”, afirmou.
Relatório final
O magistrado auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, desembargador Arnoldo Camanho, fez a leitura do relatório preliminar da inspeção e destacou três boas práticas realizadas pelo TJMT. Ele citou o programa de valorização, de atenção especial à pessoa com autismo; LexIA, inteligência artificial desenvolvida pela Coordenadoria de Tecnologia da informação do TJMT.
O desembargador destacou positivamente “o
notável trabalho desenvolvido pela Corregedoria Geral de Justiça de Mato
Grosso”. Ele citou a atuação do corregedor-geral de Justiça de Mato Grosso,
desembargador José Luiz Leite Lindote, por manter rigoroso controle das metas e
trabalho das unidades de primeiro grau, concentrado num núcleo de estratégica
que utiliza painel de controle de desempenho, especialmente direcionado à
análise de dados parametrizados pelo Conselho Nacional de Justiça.
“Os gabinetes dos desembargadores
também apresentaram relevante controle de acervo e gestão do trabalho, com
auxílio de poderosa tecnologia de inteligência artificial, representada pela
ferramenta LexIA. Na seara administrativa, merece destaque o empenho da
Coordenadoria de Planejamento com a implementação de gestão de riscos,
atendendo a determinações de inspeção anterior. Também é relevante destacar o
desenvolvimento da ferramenta de identificação de nepotismo, projeto pioneiro
no Judiciário brasileiro”, disse o magistrado.
Camanho classificou como “belíssima iniciativa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, capitaneada pela vice-presidente da casa, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, na instalação de um Centro de Referência em Autismo” e que a iniciativa “é merecedora de elogios da Corregedoria Nacional de Justiça por evidenciar o compromisso da corte mato-grossense com a pauta inclusiva, permitindo autonomia e melhor qualidade de vida para as pessoas com transtorno do espectro autista”.
"Não detectamos nada que chamasse atenção. Está tudo na média, tudo normal", completou o desembargador Camanho.
Aperfeiçoamento Contínuo
O desembargador Arnoldo Camanho
explicou que ao final de cada inspeção, as equipes da Corregedoria Nacional
consolidam os relatórios de suas atuações em um documento abrangente, que pode
chegar a centenas ou até mil páginas. Com base nesse material, o ministro
corregedor, Mauro Campello Marques, elabora um voto que inclui determinações e
recomendações. Este voto é então submetido ao julgamento do plenário do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
É importante ressaltar que essas
determinações e recomendações ainda não são definitivas; elas serão oficializadas
apenas após a aprovação do relatório pelo plenário do CNJ. As determinações
virão acompanhadas de prazos para cumprimento, que podem ser de 30, 60 ou 90
dias, e serão rigorosamente fiscalizadas pela Corregedoria Nacional para
garantir sua efetivação.
O presidente Zuquim assegurou que
“todas as recomendações que virão no relatório final, todas as sugestões, serão
fielmente observadas e cumpridas por este tribunal”.
Fiscalização rotineira do CNJ
O trabalho de inspeção realizado
pelo CNJ é uma prática rotineira e fundamental para o monitoramento contínuo e
o aprimoramento da prestação jurisdicional em todo o país. O objetivo é
assegurar que a Justiça brasileira funcione de forma cada vez mais eficiente e
alinhada às normativas e às expectativas da sociedade.
Mesa de honra
Compuseram a mesa de honra,
durante a solenidade, além do presidente do TJMT e do coordenador da inspeção,
o corregedor-geral da Justiça do TJMT, desembargador José Luiz Leite Lindote;
ouvidor do Poder Judiciário de Mato Grosso, desembargador Rodrigo Roberto
Curvo; as magistradas auxiliares da Corregedoria Nacional de Justiça,
desembargadoras Agamenilde Dia, Simone Lucindo e Simone Fernandes; o
procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca Costa; a segunda
subdefensora-pública de Mato Grosso, Maria Cecília Alves da Cunha; a presidente
da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB seccional Mato Grosso, Gisela Alves
Cardoso; e a presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam),
Eulice Jaqueline da Costa Silva Cherulli.
Participaram da cerimônia também,
desembargadores, desembargadoras, juízes e juízas auxiliares da Presidência e
da Corregedoria, demais magistrados, magistradas, servidores, servidoras, do
TJMT e da Corregedoria Nacional.
Marcia Marafon / Foto: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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