
Poder Judiciário de Mato Grosso
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26.05.2023 14:40
Poder Judiciário mobiliza comarcas para jornada pela pacificação social nas escolas
O encontro segue até esta sexta-feira (26 de maio), e reúne as comarcas de Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Colíder, Cuiabá, Jaciara, Lucas do Rio Verde, Mirassol D´Oeste, Nova Mutum, Paranatinga, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande.

A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, que também preside o NugJur, deu boas-vindas aos participantes do encontro, que traz como tema central a integração e a troca de experiência entre as comarcas para o fortalecimento e expansão da Justiça Restaurativa, com ênfase para a pacificação nas escolas.
“Me sinto abastecida emocional e espiritualmente, e cheia de esperança ao encontrar ressonância e receptividade nessa seara da justiça restaurativa em tantas pessoas. Criamos esse ambiente informal e aconchegante, de carinho e gratidão, para receber tantas pessoas em torno de um assunto que promete ser uma sementeira muito importante para as gerações vindouras. Todos nós sabemos o quanto é penosa a psicoesfera nociva e tóxica que estamos vivendo nos últimos tempos, e para combatê-la é preciso que nós possamos criar pequenos oásis, e que eles comecem dentro de nós. Essa é a nossa missão enquanto propagadores de uma política pública de pacificação social, onde o basilar da justiça restaurativa está em acreditar que todo ser humano é bom, e que tem dentro de si uma carga de compassividade, sendo capaz de ações renovadoras, e por isso, restaurativas”, expressou a desembargadora.
O juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça e coordenador do NugJur, Túlio Duailibi, falou sobre o desafio do Poder Judiciário de Mato Grosso, em reunir parceiros em torno da proposta de pacificação social a partir da Justiça Restaurativa, e a responsabilidade da gestão conduzida pela desembargadora Clarice Claudino, que ao acumular a presidência do NugJur, tem a oportunidade de potencializar as políticas públicas propostas pelo Judiciário à sociedade mato-grossense.
“A responsabilidade da desembargadora Clarice é potencialmente maior do que quando apenas presidia o Nugjur. Hoje, sua gestão tem a responsabilidade de mostrar ao próprio Poder Judiciário e à sociedade, que além de ser uma meta de gestão, a pacificação social é uma causa de vida, e nós temos a responsabilidade de fazer essa entrega à sociedade. Temos recebido instituições interessadas em propagar a Justiça Restaurativa, como a parceria proposta pelo Tribunal de Contas do Estado, que tem o papel de auxiliar no planejamento estratégico dos municípios, e que já se comprometeu em priorizar a implantação de ações estratégicas de pacificação social em parceria conosco. Também temos a parceria com a Assembleia Legislativa para expandir a comunicação no sentido de levar a Justiça Restaurativa ao interior do Estado, enfim, estamos sendo desafiados a crescer, mas principalmente, a manter a política de pacificação viva e com credibilidade”, enfatizou.

O Círculo de Construção de Paz é uma das ferramentas utilizadas pela Justiça Restaurativa, que traz como conceito a mudança da percepção social a partir do acolhimento, do sentimento de pertencimento e da escuta ativa. Os círculos podem ser aplicados em todo e qualquer ambiente de convivência coletiva, e inclusive no atendimento às famílias.
Segundo Katiane, sentados em círculos, os participantes têm a primeira percepção de que cada pessoa importa, é valorizada e é vista pelo grupo. O formato circular assegura a horizontalidade das falas, sem diferenciar os participantes. Nos Círculos de Construção de Paz, o objeto da fala é utilizado pelos participantes para oportunizar o direito de falar, ouvir e ser ouvido. Os diálogos são estruturados e conduzidos por facilitadores de círculos de paz, que direcionam a conversa de acordo com a temática necessária para situação.

Com a compreensão sobre o quanto semelhantes são os desafios, as dores e as dificuldades vividas pelos participantes do círculo, é possível despertar a empatia, se colocando no lugar do outro, construir diálogos de boa convivência, fortalecer os relacionamentos e despertar valores.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Desembargadora Clarice Claudino recepciona os participantes do encontro. Ela veste blazer verde escuro. Segunda imagem: Juiz auxiliar da presidência e coordenador do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa Túlio Duailibi dá boas vindas aos participantes. Terceira imagem: Assessora especial da presidência Katiane Boschetti da Silveira em entrevista à TV.Jus. Quarta imagem: Foto ampliada da sala de reunião mostrando os participantes do encontro sentados enquanto o juiz auxiliar Túlio Duailibi faz uso da fala.
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Naiara Martins/Fotos: Alair Ribeiro
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