Evento de prevenção sobre drogas no TJMT gera resultados positivos imediatos

O evento gerou resultados imediatos que auxiliarão no trabalho preventivo. O Judiciário anunciou o objetivo de criar cartilha para ensinar onde, como e quem procurar em situações de drogadição. Também o Executivo Estadual sinalizou, durante o evento, criação de força-tarefa para buscar unicidade nas ações desenvolvidas, bem como, discutir verbas, ações e finalidades dos projetos.
Ainda dentre os resultados positivos, está a oferta (por parte da Mobilização Freemind) de vagas em cursos com certificação internacional, voltados à especialização de agentes que trabalhem na prevenção e tratamento envolvendo drogas ilícitas. O programa também enviará informações quinzenais para os participantes do evento a fim de atualizá-los sobre ações e resultados obtidos na luta preventiva.

Desembargador-presidente da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Mário Kono explicou que depois de 20 anos frente ao Juizado Especial Criminal de Cuiabá, verificou que tratamento e repressão são consequências da não prevenção. “ Não prevenir é apagar a fogueira quando ela já se ampliou. A atividade que cada um desenvolve e importante. Cada um dentro de sua expertise e função trará o melhor resultado. Hoje é dado um passo, esse trabalho é formado de experiências nos trará ideias para desenvolvermos nossa própria linha de conduta para atender as necessidades de Mato Grosso.”

Ele destacou que, segundo a última estatísticas do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), o mercado de consumo de drogas no Brasil é composto por 8 milhões de dependentes químicos, ou seja, “pessoas que estão doentes, que passaram da linha vermelha do uso, para a dependência. Ainda têm 23 milhões de codependentes que sofrem com essa doença que aflige um ser da família.” Ele ressaltou ainda que as políticas públicas investem muito dinheiro no combate às drogas, um pouco no tratamento e quase nada na prevenção junto às crianças e adolescentes e isso é preciso ser revisto.

“Precisamos nos organizar e encontra alternativas para a prevenção. Temos muito a melhorar e o primeiro passo é aceitar auxílio e caminhar juntos. Temos vários projetos de prevenção. A Política de drogas está defasada e desatualizada e a missão para esse ano é delinear uma política estadual pública e clara. Temos que ter um único objetivo. Não adianta só pensar em indústria, comércio, agro e não pensar nas crianças. Não prevenir hoje é deixar de pensar no futuro”
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Keila Maressa
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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