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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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27.03.2017 16:00

Orgulho de ser oficial de justiça
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 Em continuidade à série "Oficiais de justiça: mensageiros do Judiciário", o Tribunal de Justiça de Mato Grosso traz nesta segunda-feira (27 de março) a segunda parte da reportagem, que trata do orgulho que os oficiais de justiça têm em desempenhar a profissão no Poder Judiciário, seja enfrentando as dificuldades do ofício ou desfrutando de momentos marcantes da carreira.

Orgulho de ser oficial de justiça
 
 A profissão de oficial de justiça pode parecer muitas vezes espinhosa, árdua e cansativa, mas ao mesmo tempo é muito gratificante. Se por um lado, os oficiais enfrentam grandes desafios e dificuldades no cumprimento dos mandados, por outro, eles participam de conquistas importantes do Judiciário, lidam com questões sensíveis e momentos marcantes na vida das pessoas que anseiam por justiça.
 
 Essa é uma máxima entre a maior parte dos oficiais de justiça de Mato Grosso, como é o caso de Luciana Dias Mâncio, 39 anos, oficial de justiça em Cuiabá há 20 anos. “Depois das minhas filhas, meu trabalho é a coisa mais importante para mim. Eu gosto muito do que eu faço. O oficial de justiça é quem materializa as decisões judiciais e leva o Poder Judiciário aonde ele vai. Não se faz justiça sem o oficial de justiça”, destaca Luciana.
 
Atualmente, Luciana atua nas Varas Especializadas da Infância e Juventude de Cuiabá e revela que a escolha por essa matéria se deu pela necessidade de oxigenar sua atuação como oficial e se voltar para o aspecto social de seu trabalho. “É uma matéria delicada em que o servidor precisa ter perfil. Tenho sentido muita satisfação em estar lá porque eu consigo fazer um cumprimento de mandado voltado para a área social. Geralmente são pessoas menos favorecidas, de baixa renda, que precisam de uma orientação especial”, frisa.
 
O trabalho predominantemente externo, sempre em movimento, em contato com pessoas e histórias diferentes, com liberdade e autonomia no horário de trabalho são os principais pontos destacados pelos oficiais de justiça como vantajosos no ofício. O afastamento da família, os riscos encontrados na recepção do público no ato do cumprimento do mandado e o desgaste físico de dirigir pela cidade são os pontos negativos.
 
Eliete Gomes Rondon Faria, 57 anos, é oficial de justiça em Cuiabá há 36 anos, quando os procedimentos ainda eram feitos na máquina de datilografia, a capital mato-grossense era uma cidade considerada pequena e o volume de processos judiciais era muito menor. 
 
“Eu já fui atacada por cachorro, caí no esgoto porque o cachorro me mordeu, já fui atacada por cervo no cumprimento de uma liminar em uma fazenda, já presenciei uma rebelião no presídio Pascoal Ramos. Essa é a vida do oficial. Nós passamos muito risco e muito medo. Para mim é muito orgulhoso. Eu exerço minha função com o maior amor e dedicação. É uma profissão espinhosa, de muita coragem, de muita luta, mas amável. Existem muitas situações que a gente ajuda as pessoas”, revela Eliete.
 
União - A ajuda mencionada por Eliete Rondon também existe entre os próprios oficiais. É comum o hábito dos oficiais ajudarem uns aos outros a cumprir seus mandados quando surge um problema pessoal e o trabalho se acumula.
 
 O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sindojus), Eder Gomes de Moura, foi até a casa de um oficial de justiça que está com depressão e não conseguiu cumprir seus mandados nos últimos três meses. Estes mandados serão distribuídos entre os colegas sindicalizados, aumentando ainda mais a própria demanda de trabalho em prol do oficial afastado. “O sindicato está sempre ao lado para ajudar o oficial de justiça. Às vezes as pessoas temem esclarecer qual é o problema e o trabalho vai acumulando. Nós temos essa preocupação com os oficiais”, afirma.
 
Confira AQUI a matéria da TV.JUS em homenagem aos oficiais de justiça.
 
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Mylena Petrucelli/ Fotos: Tony Ribeiro (F5)
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