Profissionais liberais, estudantes, pessoas solteiras, casadas, filhos adotivos e pais e mães adotivas e biológicas. Esses são os perfis dos mais de 40 candidatos que participaram da 11ª edição da capacitação para voluntários da Associação Mato-Grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara). “Sou pai adotivo, e agora, como sentimento de gratidão, me tornei um voluntário, justamente porque temos que fazer esforço para contribuir com a Ampara que é uma entidade fundamental nesse processo de adoção”, acentuou o professor Júlio Resende, do Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT).

Na abertura da capacitação, a presidente da Ampara, Lindacir Rocha Bernardon, destacou a importância da parceria com o Poder Judiciário, por meio da Vara da Infância e Juventude, e afirmou que a ligação é indispensável para o desenvolvimento do projeto. “Precisamos de todos para auxiliar nas ações nos mais variados contextos que colocamos em prática. Todos os nossos projetos sempre visam a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes de viver em família. E é por isso que a atuação dos parceiros e voluntários, independente da área, é fundamental”, sublinhou Bernardon.

Tatiane Fernanda Lopes Hardoim é professora do Curso de Letras/Libras (Língua Brasileira de Sinais), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e chega ao grupo de futuros voluntários com determinação. Ela é filha adotiva e garante que sempre soube lidar com a condição. A professora, que trabalha com educação inclusiva, vai colocar os conhecimentos e a dedicação a serviço da Ampara. Quem também está decidida a abraçar essa causa é Priscila Toledo, guia de turismo, especialista em viagens pedagógicas com crianças. “Chegou a minha vez de voluntariar com o que gosto em benefício de outras pessoas e dentro de um projeto lindo e de humanidade singular”, frisou Toledo.

Convidada para falar sobre a importância do voluntariado e os aspectos jurídicos da adoção, a desembargadora Maria Erotides Kneip contou momentos da vida dela como magistrada, especialmente quando foi titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Várzea Grande, e como mãe de três filhos biológicos e um adotivo. “Esse momento aqui é muito bonito, é singular. São pessoas se colocando à disposição para partilhar vontades e sentimentos, gratidão, carinho e amor, com as necessidades alheias que precisam de atitudes, gestos e habilidades humanas desses profissionais”, pontuou a desembargadora.

Os candidatos ao voluntariado conheceram ainda os diversos projetos desenvolvidos pela Ampara, como Pré-Natal da Adoção, Adoção na Escola, Faça Legal, Minha Identidade, Dia Nacional da Adoção, Concurso de Redação e Amparando. A capacitação foi realizada, na quarta-feira (19 de fevereiro), na Vara da Infância e Juventude da Comarca da Capital, no Complexo Pomeri.

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