Poder Judiciário de Mato Grosso
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21.10.2020 14:15
Presidente do TJMT faz abertura do Fórum de Boas Práticas de Controle Interno e AuditoriaOs bons resultados das políticas públicas e dos serviços entregues à população contam com o apoio essencial da controladoria interna dos órgãos públicos. O 6º Fórum de Boas Práticas de Controle Interno e Auditoria do Poder Judiciário, que teve início nesta quarta-feira (21 de outubro) e foi transmitido ao vivo pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, levou aos cerca de 700 participantes o aprimoramento do conhecimento no que diz respeito à governança, gestão e monitoramento de riscos na área de auditoria e controle interno.
O evento foi aberto pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha que se disse honrado por realizar esta sexta edição do evento, já que será o último realizado por um tribunal, pois passará a ser conduzido pelo Conselho nacional de Justiça (CNJ). O desembargador falou da importância do Controle Interno para a promoção de uma gestão eficiente e em conformidade com os princípios que regem a administração pública.
“Mais do que uma obrigatoriedade prevista na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal, o controle interno representa uma segurança ao gestor público, servindo de suporte para garantir a adequada aplicação dos recursos públicos, a transparência e eficácia dos serviços. Trata-se, portanto, de um poderoso aliado do gestor, especialmente quando atua com mais ênfase na prevenção do que na correção dos problemas”, afirmou.
A grande participação de pessoas no evento, servidores da Justiça de todos o país, demonstra que o novo normal trouxe a busca da inovação, especialmente no Poder Judiciário. O presidente disse que são inovações que vieram para ficar. “Sinto-me feliz por perceber que este fórum reúne quase 700 profissionais de tribunais estaduais, federais de todos país. Isso demonstra que as inovações e o novo normal vieram para ficar. O de 2020, com todos os percalços da pandemia da Covid-19, nos mostrou que os obstáculos são oportunidades para percebermos o quão alto conseguimos pular e o quão rápido conseguimos avançar quando estamos determinados a crescer”, complementou.
Na oportunidade, o presidente do TJMT entregou, de forma simbólica, o banco de boas práticas de controle interno e auditoria, que conta com 17 arquivos de iniciativas bem sucedidas e utilizadas em diversos tribunais do país.
O juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Osair Victor de Oliveira Junior destacou a importância do evento e disse que “a auditoria e controle interno são essenciais para gestor, ordenador. Auditoria e controle interno têm se reinventado e o fato de compartilharmos as boas ideias, as boas inovações faz com que essas pessoas possam desempenhar suas funções com mais ânimo. Nós do judiciário temos que ser imagem e não reflexo, então é importante que a auditoria e controle interno se fortaleçam cada vez mais, tenham mais presença nos tribunais e respeito na atividade que realizam.”
A melhoria da gestão se dá pelo processo de aprimoramento e a troca de experiências. A coordenadora de Controle Interno do TJMT, Simone Borges da Silva, responsável pela organização do fórum em Cuiabá, destaca que o objetivo do fórum é “promover a qualidade e a inovação de boas práticas e estudos de casos compartilhados que contribuem para a evolução e a valorização da atividade da auditoria interna, aliadas às diretrizes do CNJ após as edições das resoluções N. 308 e 309.
Palestras – “Impactos da Pandemia no trabalho da auditoria” foi o tema da primeira palestra proferida pelo auditor do Tribunal de Contas da União, Salvatore Palumbo. Os desafios para trabalho da auditoria e o cenário provável para a auditoria foram alguns dos pontos abordados. “A palavra chave nessa realidade é colaboração. As competências passam por novas exigências. Nessa transição para a nova realidade de trabalho distribuído procedimentos remotos em auditoria. Não vislumbro um trabalho totalmente remoto para sempre mas o cenário provável, na minha avaliação, é que o trabalho remoto vai se tornar usual, mesmo após o fim da pandemia, vão usar com mais desenvoltura as ferramentas tecnológicas no trabalho colaborativo e na aplicação de procedimentos remotos e o auditado verá com naturalidade essa forma de trabalhar. A pandemia está acelerando nosso aprendizado.”
O conselheiro substituto do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Luiz Henrique Lima falou sobre a valorização do papel da auditoria interna enquanto apoio ao controle externo. Ele ressaltou a importância do controle interno para os resultados da gestão. “Quando se fala em controle, o primeiro ponto que quero trazer para a reflexão de todos é que o controle tem uma dimensão muito além de uma atividade puramente técnica. O controle é uma atividade essencial à democracia, é o instrumento privilegiado que a sociedade e cidadão têm para acompanhar o desempenho dos representantes que elegeu.”
O conselheiro citou o que considera uma boa prática de colaboração entre controle externo e interno, com relação a experiência que teve quando foi relator das contas do TJMT em 2010, 2012 e 2017. Ele mencionou o avanço no aprimoramento do controle interno por parte do Poder Judiciário.
A terceira e última palestra do primeiro dia do fórum foi realizada pelo auditor do Tribunal de Contas da União Wesley Vaz, que falou sobre a “Tecnologia aplicada à auditoria”. A pandemia da Covid-19 veio para ‘tirar as pessoas da caixa’, principalmente nessa era da informação. “Os números da pandemia são impressionantes e calculados graças a tecnologia. As ferramentas ainda não conseguem realizar o trabalho que os auditores conseguiram fazer a partir do uso dela. Falar sobre tecnologia na auditoria é sim falar sobre uma ferramenta essencial, fundamental e necessária, mas é falar sobre uma parte da solução, que não é o todo da solução. Vivemos na era da informação que quem consegue coletar, processar e entender um conjunto grande de informações leva vantagem. Precisamos nos aprimorar no uso de ferramentas tecnológicas como estão fazendo profissionais da área do Direito, professores, que precisaram aprender a usar tecnologia da melhor maneira possível.”
De acordo com o auditor essa é uma nova realidade e uma necessidade que precisa ser desenvolvida nas competências a partir de agora. Além disso, a inovação em meio aos desafios é de grande importância. “Precisamos ser especialistas nos problemas com os quais lidamos. Essa é a essência da inovação. A ideia de construção de uma boa solução para um problema complexo não está em ter uma grande ideia. Está em visualizar caminhos para se desviar desse problema. Essa é a essência da inovação prática.”
Após as palestras dirigente da auditoria interna do TRE-RN, Paulinéa Marise Lima de Araújo e o auditor do tribunal eleitoral Wolmer de Freitas Barboza apresentaram o case de sucesso: A experiência com o BI (Business Intelligence).
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Dani Cunha
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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