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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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12.05.2016 16:18

Curso debate ‘Sistemas Organizacionais’
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O 4º módulo do “Curso Básico de Direito Sistêmico”, realizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, nesta quinta e sexta-feira (12 e 13 de maio), na Escola dos Servidores do Poder Judiciário, aborda o tema “Sistemas Organizacionais”, que traz para o centro da discussão as situações ocultas que acontecem dentro de uma organização, seja ela pública ou privada, que causam uma série de problemas e que podem ser resolvidas por meio da técnica das constelações.
 
Muitas vezes uma organização se depara com sérios problemas entre seus funcionários, problema de relacionamento, com brigas, intrigas, fofocas, falta de compromisso profissional, de comprometimento por parte da equipe, e não sabe como solucionar esta crise interna. As dificuldades encontradas ali na empresa – pública ou privada – podem ter origem não no local de trabalho, mas sim em problemas de origem familiar trazidos pelas pessoas que ali trabalham. A técnica das constelações ajuda a identificar a causa desses problemas e mostra os caminhos de como trabalhar esta situação.
 
A juíza da Terceira Vara Especializada de Família e Sucessões da Comarca de Várzea Grande, Jaqueline Cherulli, que participa do curso, avalia a importância deste módulo para melhorar o ambiente de trabalho. “Nós magistrados podemos ter este olhar sistêmico com nossa equipe, observando a expectativa de cada um e vendo o que cada um pode oferecer para o grupo. Isso vai trazer uma harmonia, um equilíbrio para a equipe. Estou falando numa microvisão, mas se nós aqui unidos, como um grupo, aumentarmos a nossa visão, nós podemos levar isso para o Fórum da nossa Comarca e para o Judiciário como um todo. É indispensável essa vivência e esse aprendizado desse módulo”.
 
Para o juiz da Primeira Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher de Cuiabá, Jamilson Haddad Campos, o curso de Direito Sistêmico desperta no magistrado a grandeza de possibilidade de aplicação da constelação nas suas relações processuais entre as pessoas. “Essa constelação atende questões emocionais, de relacionamento, de convivência, além das questões familiares. Ela tem uma implicação bastante objetiva no sentido de atender as varas de Família, Violência Doméstica, Infância, entre outras, já que a constelação tem um cunho amplo, oferecendo a possibilidade de tratar o ser humano e suas relações pessoais”.
 
De acordo com um dos instrutores do curso, o juiz do Tribunal de Justiça da Bahia Sami Storch, não há como desvincular os sistemas organizacionais das famílias. “O indivíduo que compõe uma organização vem de uma família. Dentro da organização ele traz a sua família consigo, isso tem diversos impactos, entre eles as relações dentro da organização, entre chefe, subordinado e colegas. As pessoas podem projetar questões familiares dentro do seu ambiente de trabalho que podem contribuir, ou não, com o clima, com a dinâmica dos trabalhos, com os relacionamentos”.
 
Almir Jodat Nahas, que tem formação em constelação familiar, e também é um dos instrutores do curso, diz que muitas vezes em uma empresa existe uma alta rotatividade em determinados cargos e muitas vezes o gestor não sabe onde está o problema. “Quem está na posição de chefia às vezes tem o objetivo inconsciente e não declarado de contratar alguém para não dar certo. Muitas vezes quem está no comando traz algum problema familiar de relacionamento e projeta este problema em algum subordinado”.
 
O curso, que teve início em fevereiro, foi dividido em cinco módulos. O último será realizado de 3 a 4 de junho, com o tema “Possibilidades do Direito Sistêmico”. Os assuntos trabalhados serão: experiências de uso das ferramentas da constelação, o duplo olhar, constelações a serviço da justiça, infância e juventude, aplicação e acompanhamento de medidas socioeducativas, justiça restaurativa e dosimetria da pena.
 
Leia mais sobre o assunto:
 
Direito Sistêmico: a busca pela paz e o equilíbrio
 
Direito Sistêmico: além do processo judicial
 
Direito Sistêmico é tema de curso no TJMT
 
 
Janã Pinheiro
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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