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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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14.10.2019 12:01

Com 11 anos no Tribunal de Justiça, Luiz Ferreira destaca a satisfação pessoal na magistratura
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Aos 69 anos, sendo 44 dedicados à atuação na área do Direito, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Ferreira da Silva, completa nesta segunda-feira (14 de outubro) 11 anos de magistratura. Com uma consolidada carreira de 33 anos na advocacia de Mato Grosso, ele assumiu, em 2008, uma vaga no Tribunal de Justiça de Mato Grosso destinada ao Quinto Constitucional pela Ordem dos Advogados do Brasil. Hoje, após mais de uma década de experiência como julgador, afirma que a magistratura é fundamental para a sua satisfação pessoal.
 
“Para mim, a magistratura é o que eu tenho de mais importante na vida. Acordo de manhã, venho para cá com a maior satisfação, passo o dia por aqui. Levo serviço para casa e acho que eu não poderia estar em outro lugar, agora com a experiência que tenho, com a bagagem que adquiri ao longo da vida. Aquele era o momento certo de vir para cá. Estou muito satisfeito e muito realizado no Tribunal, na magistratura. Faço tudo com muita satisfação e me realizo, porque acho que estando aqui, de uma forma ou de outra, estou ajudando a aplicar o bom direito”, asseverou o desembargador.
 
Nascido em Serra Verde (Rio Grande do Norte), o potiguar – casado, pai de quatro filhas e avô de sete netos – veio com a família para Mato Grosso aos cinco anos. Em solo mato-grossense, antes da divisão do Estado, morou em Dourados, do final de 1955 até 1966. Lá cursou o antigo primário, ginásio e seguiu até o primeiro ano do curso técnico de contabilidade. Em 1967, a família mudou-se para Cáceres, onde permaneceu por mais um ano, até chegar a Cuiabá, em 5 de julho de 1968. Foi na Capital que ele concluiu o curso técnico e, um ano depois, foi aprovado no vestibular para a Federal de Direito de Cuiabá (1970-1974), embrião da hoje Universidade Federal de Mato Grosso.
 
Após concluir o curso, ele se inscreveu na OAB e, em 1975, passou a advogar. Em 1998, foi convidado para atuar no Tribunal de Ética da OAB. Lá, ao longo de uma década, foi presidente e secretário. “É um tribunal administrativo, que tem o condão de apenamento muito forte, a estrutura parecidíssima com um tribunal penal, só que lá a pena é administrativa e aqui é judicial. Esses 10 anos que eu fiquei por lá me deram certa experiência e então me inscrevi. Tanto que vim para cá e fui para uma câmara criminal e de lá nunca sai”, discorreu o magistrado sobre o trabalho na Terceira Câmara Criminal.
 
Questionado sobre a larga experiência na advocacia ter contribuído para uma boa atuação na magistratura, Luiz Ferreira destacou: “já se disse que o juiz é feito a cada dia. E já se disse também que o advogado é o primeiro juiz da causa. Ele recebe seu cliente, examina seu problema. Em cima daquele fato que ele ouve ele procura aplicar o Direito e, portanto, sua petição inicial é o projeto da sentença, se ele é o advogado do autor. Se ele é o advogado do réu, a contestação também servirá como projeto de sentença. Mas o que realmente me deu mais tranquilidade para que eu me candidatasse e tivesse certeza que ia dar conta foi a experiência que tive no Tribunal de Ética. Essa experiência que eu adquiri nos último anos foi uma bagagem da qual eu não abri mão quando comecei a julgar. Então, não tive muita dificuldade”, pontuou.
 
Sobre o futuro profissional, o desembargador salienta que voltará a advogar após a aposentadoria no Judiciário. “Não gostaria de estar em outro lugar, e não gostaria de exercer outra profissão por enquanto. Até a compulsória eu fico por aqui, porque posso contribuir de uma maneira ou de outra. Devo sair daqui com 75 anos, tenho mais seis anos, talvez menos. Meu pai está com 91 e está na fazenda trabalhando. Do ponto de vista físico, acho que tenho tudo para continuar”, brincou Luiz Ferreira.
 
Aos que almejam a carreira na magistratura, o corregedor salienta a importância de se ter certeza do desejo de seguir na magistratura. “Você tem que pensar mesmo se é isso que você quer. No início da carreira você tem que ir para comarcas distantes, praticamente longe de tudo, você quase que abre mão da vida pessoal, porque vai para a comarca e fica muitas vezes só com a esposa. Não tem muita estrutura, a quem se apegar, só mesmo à profissão. É um das profissões dificílimas a se enfrentar, mas ela é, além de nobre, muito realizadora. E o bom juiz é aquele que é prudente, operoso, consciencioso, e, acima de tudo, o juiz moderno e humanista que nós esperamos. É o juiz que tem que sair de dentro do gabinete e conviver, mas sem que conspurque a sua toga”, observou.
 
Sobre integrar o quadro de desembargadores do Judiciário mato-grossense, Luiz Ferreira destacou o sentimento de inclusão e de pertencimento “a um grupo de homens e mulheres em cujas mãos reside a responsabilidade, o Direito, em Mato Grosso. É muito satisfativo e muito regozijante que a gente faça parte desse grupo tão pequeno e seleto”.
 
Leia a matéria da posse do desembargador, em 2008:
 
Novo desembargador agradece reconhecimento
 
 
Lígia Saito
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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