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26.03.2020 15:39

Voluntários fazem a diferença no Ribeirinho Cidadão
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Dona Terezinha Garcia tem 83 anos e é moradora de Pontal do Glória, distrito de Santo Antônio do Leverger. Quando ela ficou sabendo que o Ribeirinho Cidadão iria passar na comunidade, ela logo se agendou para ir até o local de atendimento. Muito preocupada com a precariedade da comunidade, ela queria apenas ver o movimento que a expedição traz para a região, saber quais os atendimentos estavam sendo levados e também foi “checar se os voluntários continuam atendendo bem e ajudando com bondade a população a resolver os muitos problemas.”
 
Ela ficou sentada no estande da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e aproveitou para relembrar de quando era criança e pintava vários desenhos. Enquanto isso, contou que “na localidade nunca tem movimento, mas quando chega o Ribeirinho, a população se reúne para colocar tudo em dia e então é possível ver e matar a saudade de quase todos os amigos que moram longe.” Ela ressalta ainda o carinho que recebe todas as vezes que o projeto passa pela localidade, mesmo não consumindo nenhum serviço.
 
Todos os trabalhos são prestados por parceiros integrantes de instituições públicas e empresas particulares que ajudam a fortalecer o evento. Muitos deles não recebem nenhum incentivo financeiro, apenas um muito obrigado de quem é atendido. Dentre eles, está dona Telma, que é conhecida de todos em Pontal por investir seu tempo em ações que trazem melhorias para a comunidade. Uma das responsáveis pela alimentação da população que foi ao evento e também das equipes que estavam trabalhando, ela estava na liderança de 30 pessoas e esperando alimentar pelo menos 400 pessoas.
 
“A gente está aqui para somar porque se não fosse a comunidade, não teríamos nem serviço para nós aqui. Sempre que podemos fazer algo que vai trazer resultado positivo para as pessoas a gente faz. Se não fosse a comunidade eu não teria nem serviço para trabalhar e, por isso, sou muito grata e entendo que é assim que eu posso retribuir. Tudo que se faz aqui é desse jeito, em conjunto e envolvendo todo mundo. Aqui estamos em 30 na cozinha e a comida vai ficar deliciosa”, afirmou.
 
O voluntário Tiago Bueno da Silva acompanha a expedição integrando a equipe da Defesa Civil. Com artrose nas pernas, o que dificulta a locomoção, ele também não é remunerado pelo trabalho e, mesmo assim, afirma que o faz com todo o carinho porque trabalhar para o outro é engrandecedor. “Eu ajudo na prestação de informações e orientação das pessoas que vem buscar os serviços do projeto. Estou sempre à disposição porque ver o olhar das pessoas humildes te olhando agradecido e com alegria é muito bom e não tem dinheiro que pague isso. A artrose não em atrapalha, na verdade, eu acho que todos nós temos dificuldades e, se ficarmos em casa esperando, nada vai acontecer.”
 
Quem também acompanha o projeto como voluntária é a equipe da Escola de Cabeleireiros Galvan. Além da proprietária da escola, Débora Galvan, ela trouxe dois alunos e mais um professor que, durante todo o trajeto do Ribeirinho Cidadão, oferecem serviços de cortes de cabelos femininos e masculinos, corte de barba, sobrancelhas e penteados. Há cinco anos ela acompanha o Ribeirinho Cidadão e afirma que tanto empenho tem o propósito de levar o bem ao próximo.
 
“Na nossa vida temos que plantar o bem porque a pessoa que recebe esse trabalho também entrega o bem lá na frente e é assim que a gente ganha voluntários. Esse trabalho é gratificante. Na maioria dos locais, os cabelos estão sem o cuidado devido e a gente vê que é por falta de profissionais e a gente vê que não é só falta de higiene, mas falta de autoestima e valorização. As mulheres, por essas regiões, são mais dona de casa e menos empoderadas. O empoderamento da mulher não é um salto alto, como muitas vezes é pregado, é isso aqui, é se cuidar, amar a si mesmo como é.”
 
O projeto seguiu até o dia 20 de março levando serviços às comunidades ribeirinhas.
 
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Keila Maressa/ Fotos: Alair Ribeiro
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