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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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06.12.2019 13:10

Desembargador Orlando Perri comemora 36 anos na magistratura
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Completando 36 anos de magistratura neste sábado (7 de dezembro), o desembargador Orlando de Almeida Perri afirma que atua com “o mesmo vigor, a mesma paixão” de quando iniciou sua carreira, aos 26 anos de idade, em 1983. O sonho de ser juiz vinha desde a adolescência. Filho de promotor de Justiça e enfermeira, a vontade dos pais era que fosse médico, já que havia muitos advogados na família.
 
Mesmo sem vontade, aos 17 anos, prestou diversos vestibulares para Medicina, obedecendo aos pais. Mas em uma dessas viagens, houve uma virada. Ao chegar à cidade de Marília (SP), deparou-se com uma faixa que informava a abertura das inscrições para o vestibular de direito na faculdade Eurípedes Soares da Rocha. As vagas não haviam sido preenchidas e houve um segundo vestibular. “Fiz, acabei aprovado. Foi o último vestibular que eu fiz naquele ano. Não passei pra medicina, passei pra direito”, lembra Perri.
 
Ele fez o primeiro ano da faculdade em terras paulistas, mas, ao se alistar no Exército, foi chamado para servir no quartel e voltou para sua terra natal, Cuiabá, transferindo a faculdade para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), onde se graduou em julho de 1979. Com o diploma na mão, partiu para a advocacia, atuando na extinta Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat), atual Energisa. “Mas o meu sonho era fazer concurso pra juiz, tanto que, quando fui trabalhar na Cemat, já fui com o propósito de me preparar para o concurso da magistratura”, afirma.
 
O sonho se tornou realidade em 7 de dezembro de 1983, quando tomou posse como juiz substituto na Comarca de Tangará da Serra. Depois, passou pelas comarcas de Barra do Garças, foi promovido para ser titular na 2ª Vara Cível de Cáceres e transferido para Rondonópolis. Novamente promovido para atuar como juiz auxiliar de entrância especial, na 8ª e 9ª Varas Cíveis de Cuiabá. Também foi titular na 3ª Vara de Execução Fiscal e na 14ª Vara Cível da Capital, onde permaneceu até ser promovido para o Tribunal de Justiça, em 13 de setembro de 1996.
 
Já na segunda instância, foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), entre 1999 e 2000. Naquele mesmo ano, foi vice-presidente do TJ por conta do falecimento do então presidente Wandyr Clait Duarte. Na ocasião, o vice-presidente Munir Feguri assumiu a Presidência e Perri acabou sendo escolhido para fazer um “mandato tampão de vice-presidência”. Entre 2007 e 2009, atuou como corregedor-geral do TJ. No bienio 2013 e 2014, presidiu o Tribunal de Justiça.
 
Depois de mais de 30 anos atuando na área cível, somente após deixar a Presidência, o desembargador Orlando Perri passou a julgar casos da Justiça criminal. Para ele, a transição foi prazerosa, apesar de ter relutado no início, tentando trocar de lugar com colegas. “Confesso que no início eu fui muito resistente a ir para o crime porque eu sempre tive uma preocupação muito grande de se cometer injustiças no crime. Porque no Cível, quando você erra, você tem jeito de consertar, mas no crime, quando você erra, é a liberdade das pessoas que são afetadas. E isso não tem dinheiro que pague”, explica.
 
Dentre todas as experiências que viveu ao longo desses 36 anos de carreira, o desembargador Perri destaca como a mais marcante sua posse como desembargador do TJ. “Porque eu ainda vim cedo para o Tribunal de Justiça. Eu assumi o Tribunal de Justiça com 39 anos de idade. Eu tinha 13 anos de magistratura apenas quando ascendi ao Tribunal de Justiça. Então, pra mim, principalmente naquela época com meus 39 anos de idade, ainda bastante jovem, pra mim foi uma realização e uma realização também especialmente por conta dos meus pais”, lembra emocionado.
 
Apaixonado pelo que faz, o desembargador Orlando Perri revela que não se vê “fazendo outra coisa senão ser juiz” e que ainda está se preparando psicologicamente para a aposentadoria. “Eu ainda não me sinto preparado para deixar a magistratura. Não pelo apego ao cargo. Não tenho apego ao cargo, mas, às vezes, me pergunto se eu teria a mesma desenvoltura na advocacia como eu tenho na magistratura. Eu confesso que fazendo justiça eu me sinto muito bem”, conclui.
 
 
Celly Silva
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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