Audiências de custódia têm dois juízes em Cuiabá

Murilo Mesquita foi oficialmente apresentado pela corregedora-geral da Justiça, desembargadora Maria Erotides Kneip, aos membros do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de Mato Grosso (GMF), durante reunião na última segunda-feira (16 de novembro). Em apenas três dias na nova função, o juiz realizou 47 audiências de custódia.
“Antigamente eu tinha certa resistência. Porém, puder perceber já no primeiro dia, que o contato pessoal com o autuado em flagrante é imprescindível para definir o futuro dele, especialmente por conta do trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar. Além disso, com audiência de custódia o problema da identificação do preso está quase que 100% resolvido porque a estrutura montada favorece isso. Desde que comecei, todos os dias tivemos autuados com nome falso e, antes do fim do dia, já tínhamos a identificação real deles”, contou o juiz.

O juiz Marcos Faleiros da Silva, titular da Jumac, apresentou durante a reunião do GMF o balanço das atividades desde a implantação, em julho deste ano. De acordo com o magistrado, até o dia 13 de novembro foram realizadas 711 audiências de custódia na capital, nas quais 36% das prisões foram convertidas em preventiva, índice considerado muito bom.

Economia – Com as audiências de custódia, 455 presos deixaram de ingressar no sistema prisional de Mato Grosso. “Esse número equivale a uma cadeia”, afirmou o presidente da Comissão de Direito Carcerário da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT), Waldir Caldas Rodrigues. Considerando a despesa média mensal de um preso para o governo no valor de R$ 3,7 mil, isso gera uma economia de quase R$ 1,7 milhão por mês. “É uma economia substancial para o Estado”, decretou Waldir Caldas.
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Ana Luíza Anache
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