“Antes era o tio Willian, agora é pai Willian”

Após o convívio do final de ano Willian sabia que estava pronto para ser pai. Mesmo sendo solteiro, deu entrada no processo para adotar uma criança. Como já tinha um vínculo emocional muito forte com Rodrigo, acabou por adotá-lo. “Quando entrei na fila da adoção não tinha certeza que iria ser o Rodrigo. Mas deu tudo certo e estamos juntos”, afirma Willian.
Apesar de ser pai solteiro, a estrutura familiar de Willian ajudou muito. Ela ainda mora com os pais, que ajudam na formação de Rodrigo. “Mesmo morando com minha família, minhas atribuições como pai não diminuem”, informa.

Apesar de ser permitida, a adoção por pessoas solteiras é pouco comum, principalmente a adoção feita apenas pelo pai. De acordo com informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), esse tipo de adoção representa cerca de 15% do total.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), qualquer pessoa maior de 18 anos e capaz pode adotar. A única exigência quanto à idade é que os pais precisam ter pelo menos 16 anos a mais que o filho que pretende adotar. A secretária da Ceja explica que os interessados em adotar precisam procurar a Vara da Infância de qualquer comarca e se inscrever. É possível fazer todo esse procedimento diretamente, sem a necessidade de acompanhamento por advogado. Uma equipe técnica multidisciplinar visita a casa do interessado e emite um parecer. Se o processo de habilitação for aprovado, o interessado entra para a fila de adoção.

A paternidade tão sonhada pode se tornar realidade de forma bastante rápida. Apesar de o número de pretendentes ser maior do que o de crianças aptas à adoção, muitos não desejam crianças com mais de dois anos. “Quanto menos exigência o interessado fizer, mais rápido a adoção acontece”, informa Elaine Zorgetti.
Para o professor Willian, tudo aconteceu muito rápido. Ele sabia que não havia nenhum empecilho pelo fato de ser solteiro. Preencheu todos os requisitos e quando ele menos esperava foi informado que o ‘tio Willian’ agora poderia ser chamado de pai. “Um filho muda a vida de qualquer pessoa, passamos a valorizar e dar importância para outras coisas”, ressalta.

Para saber mais informações sobre o projeto Padrinhos ou sobre adoção, entre em contato com a Ceja pelos telefones: (65) 3617-3121/3276.
Vlademir Cargnelutti/Fotos: Tony Ribeiro (F5)
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