Juiz Fabio Petengill fala sobre Lei Henry Borel no podcast Explicando Direito

O
caso Henry Borel é um dos crimes mais chocantes e repercutidos do Brasil,
envolvendo a morte do menino de 4 anos, ocorrida em 8 de março de 2021, no Rio
de Janeiro. Henry foi encontrado sem vida no apartamento onde morava, e as
circunstâncias da sua morte levantaram suspeitas de homicídio. A investigação
apontou a mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto, Dr. Jairinho, como os
principais suspeitos do crime. O caso gerou intensa cobertura midiática e
mobilização social, destacando questões sobre violência doméstica e proteção à
criança.
“A
Lei Henry Borel, no aspecto criminal, tipificou o homicídio contra criança ou
adolescente menor de 14 anos como hediondo e qualificado, e alocou uma pena que
se inicia em 12 e atinge até 30 anos de reclusão. ‘Ah, mas já existia isso no Código
Penal’. No Código Penal, a previsão era do homicídio enquanto crime em geral, e
não com essas qualificadoras”, explicou.
Dentre
outros benefícios advindos da nova legislação, o magistrado citou o
empoderamento dos conselhos tutelares. “Essa é a primeira norma que prevê
explicitamente a capacidade de representação, de requisição do conselho tutelar
com relação à aplicação de medidas protetivas de urgência e do encaminhamento
de denúncias. Previu a lei também que é dever de todos, do povo, comunicar às
autoridades quando tiverem conhecimento da exposição da criança à violência
doméstica familiar.”
“As
pessoas todas que tiverem conhecimento da situação de exposição à violência,
seja vizinho, seja parente, seja quem está dentro da casa, seja professor,
tomou conhecimento e não comunicou as autoridades, tem previsão de sanção na
lei. Então, ela não é uma possibilidade, é um dever de fato, é uma obrigação.”
Para o magistrado, o maior desafio para a aplicação da lei é quebrar esse conceito - que também é da violência doméstica contra a mulher - de que, em situações de família, não se deve intervir. “Esse é um pensamento que é arraigado na nossa sociedade e é preciso ser quebrado. Esse é talvez o principal desafio a ser superado.”
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Lígia Saito
Assessoria de Comunicação da Esmagis - MT
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