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 25/04/2025   12:48   

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Galeria eterniza legado de coordenadoras que atuam em defesa de mulheres vítimas de violência

Há 13 anos, o trabalho de conscientização e prevenção à violência doméstica e familiar contra a mulher realizado pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (Cemulher-MT) tem contribuído na construção de políticas públicas sobre o tema em todo o Estado. Parte desse legado contou com a atuação de três pioneiras, que a partir dessa quinta-feira (24 de abril) compõem a Galeria de Coordenadoras da Cemulher, instalada no hall de entrada da Coordenadoria. 

As imagens da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro e das juízas Ana Cristina Silva Mendes e Tatiane Colombo agora recepcionam quem visita a Cemulher. 

A instalação de uma galeria dedicada às coordenadoras foi uma iniciativa do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador José Zuquim Nogueira. Durante a solenidade de descerramento da estrutura, Zuquim prestou homenagem a Maria Aparecida Ribeiro, a primeira desembargadora a assumir a Cemulher-MT. 

“Nesse momento, em que ela se aproxima da aposentadoria, este é um reconhecimento do excelente trabalho que a desembargadora Maria Aparecida vem prestando para o Judiciário e também em defesa da mulher. Ela deixa aqui um grande legado para todo o Judiciário, para a sociedade e a todos nós que tivemos o prazer de conviver com ela”, destacou o presidente do TJMT.

A Cemulher-MT foi criada pela Resolução do Tribunal Pleno n.º 006, em 16 de fevereiro de 2012, em atendimento à Resolução n.º 128/2011 do Conselho Nacional de Justiça. O espaço foi instalado no dia 06 de março de 2012, pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, sucedida pela juíza Tatiane Colombo um ano depois. 

Maria Aparecida Ribeiro assumiu, pela primeira vez, a coordenadoria em 2013, sendo a primeira desembargadora à frente do cargo. Ao todo, foram sete anos de atuação. Com aposentadoria marcada para o dia 8 de maio, a magistrada agradeceu a homenagem recebida e reforçou a importância do trabalho da Cemulher no Estado.

“Eu me sinto tão leve em saber que sairei com sentimento de gratidão, humildade, amor e fraternidade. Saio leve e vou continuar minha caminhada ajudando mulheres vítimas de violência doméstica, pois diariamente precisamos trabalhar mais na conscientização”, declarou Maria Aparecida. 

A atual coordenadora da Cemulher-MT, desembargadora Maria Erotides Kneip, falou do legado deixado pelas colegas e dos desafios.

“É importante ter a fotografia daquelas que contribuíram na execução deste trabalho, que causa um grande impacto em Mato Grosso. Infelizmente, as estatísticas não são nada alentadoras, ainda somos o Estado com o dobro da média nacional em feminicídio. Então, precisamos, de alguma forma, construir políticas públicas verdadeiras que mudem esse cenário e a Cemulher vem fazendo isso, desde a juíza Ana Cristina, com a juíza Tatiane Colombo e a desembargadora Maria Aparecida”. 

Legado

Dentre os legados deixados por Maria Aparecida está o Núcleo Thays Machado, espaço de acolhimento criado para atender servidoras e magistradas do Poder Judiciário de Mato Grosso (PJMT), vítimas de violência doméstica e familiar. 

“Só no ano passado, o Núcleo fez 407 atendimentos e conseguiu 24 medidas protetivas, e isso é obra de Maria Aparecida, que propôs a criação desse espaço”, reforçou a coordenadora do Cemulher.

Responsável pela instalação da Cemulher-MT, a juíza Ana Cristina Silva Mendes se lembrou do processo de mudança na abordagem policial. O trabalho foi feito em parceria com a desembargadora Maria Aparecida, que mobilizou instituições como o Ministério Público e a Defensoria Pública para capacitar os militares. “Foi um trabalho de conscientização e capacitação dos novos profissionais, para desenvolver uma abordagem humanizada às mulheres vítimas de violência. Havia casos de desistirem da denúncia, porque eram ‘revitimizadas’ quando eram abordadas. Esse trabalho decolou e mudamos a forma de abordagem, por isso Maria Aparecida deixa um legado”. 

Já a juíza Tatiane Colombo chamou a atenção para a evolução da estrutura da Cemulher-MT com a atuação da desembargadora. “Da época em que passei o cargo para desembargadora até hoje, é nítido o crescimento da estrutura da Cemulher. Sou grata por ter essa oportunidade de ver uma estrutura tão incrível, que cresce a cada dia”. 

A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, membro da Cemulher, pontuou que a Coordenadoria é referência nacional em políticas públicas voltadas para a defesa da mulher. “Graças a Maria Aparecida Ribeiro, a Cemulher é a única Coordenadoria que tem toda a estrutura de servidores próprios para trabalhar em políticas públicas a favor das mulheres do Estado de Mato Grosso”, finalizou.

 Também participaram da solenidade de descerramento da Galeria de Coordenadoras da Cemulher a desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos e os desembargadores Marcos Machado, Marco Vidal e Gilberto Giraldelli.

Priscilla Silva / Foto: Alair Ribeiro

Coordenadoria de Comunicação do TJMT

imprensa@tjmt.jus.br

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