Professor Henrique Carnio aborda os Princípios de Bangalore no “Magistratura e Sociedade”
Está
no ar a 28ª edição do programa Magistratura e Sociedade, com uma entrevista com
o professor Henrique Garbellini Carnio sobre os Princípios de Bangalore. A entrevista
foi conduzida pelo professor de Filosofia e juiz de Direito no Estado de Mato
Grosso, Gonçalo Antunes de Barros Neto.
Carnio
é pós-doutor em Filosofia e doutor em Filosofia do Direito e Teoria do Estado
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É professor do Núcleo de Filosofia
e Teoria Geral do Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie e professor
permanente do curso de mestrado e doutorado em Direito da Faculdade Autônoma de
Direito de São Paulo.
Os Princípios
de Bangalore são um conjunto de diretrizes éticas para a conduta judicial,
desenvolvidas para fortalecer a integridade, independência e imparcialidade dos
juízes. Esses princípios foram aprovados pelo Conselho Econômico e Social das
Nações Unidas e são utilizados como referência para garantir que os membros do Judiciário
atuem de maneira justa e incorruptível.
“Os Princípios
de Bangalore, em primeiro momento, vêm em um sentido não só de uma
constatação, mas uma espécie de firmamento, de afirmação, daquilo que a gente
luta em expressar como Estado Democrático de Direito. Essa experiência é nossa,
que decorre desde o pós-guerra, mormente no pós-segunda guerra mundial. Isso
que a gente passa a viver no início do século 21, em torno de teorias argumentativas,
na teoria do direito, há um esforço comum em torno disso para a gente
significar mesmo que seja um estado democrático de direito”, observou.
“Só
que a gente sabe que nem sempre isso é a via principal, os desafios são muito
grandes em torno disso. Então, acho que as Nações Unidas, a ONU, quando
propicia esse tipo de trabalho, está nos entregando algo nesse sentido, está
nos colocando algo que, antes de tudo também, é para pensar em torno de uma
conduta judiciária em torno de um Estado Democrático e Direito”, assinalou o
professor.
Segundo
ele, esses princípios podem ser uma espécie de elemento que, sendo seguido,
propicia uma garantia do que se tenta assegurar “em relação a estados que
pretensamente são democráticos, mas se apresentam aos poucos como totalitários,
fundamentalistas, com ranços que, de algum modo, criam ideologias
representativas. Quando eu digo ideologia representativa, é aquela que não
permite diálogo, é aquela que não permite outra possibilidade”, asseverou o
entrevistado, que em sua carreira desenvolve atividades de pesquisa com
destaque para os seguintes assuntos: Gênese do Direito; Direito, poder e
violência; Teoria da Norma Jurídica e Sociologia e Antropologia jurídica.
O
programa Magistratura e Sociedade é uma iniciativa da Escola Superior da Magistratura
de Mato Grosso (Esmagis-MT), em parceria com a Coordenadoria de Comunicação do Tribunal
de Justiça, com objetivo de inserir magistrados e magistradas nas ciências
sociais como forma de apropriação de conteúdo social e humanitário.
Clique
neste link para assistir à íntegra do programa, disponível no canal oficial do TJMT no Youtube (@esmagismt) e
na página oficial da Esmagis (esmagis.tjmt.jus.br).
Neste link você pode assistir às edições anteriores.
Outras
informações podem ser obtidas pelo e-mail esmagis@tjmt.jus.br ou pelos
telefones (65) 3617-3844 / 99943-1576.
Lígia Saito
Assessoria de Comunicação da Esmagis - MT
esmagis@tjmt.jus.br
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