Gestão participativa: Judiciário de Mato Grosso inicia construção de proposta para meta nacional
Com a
participação de mais de 1.300 pessoas, entre magistrados e servidores, o Poder
Judiciário de Mato Grosso iniciou a construção de uma proposta de meta nacional
para julgamento de processos dessobrestados (que tiveram sua tramitação
retomada). A iniciativa será encaminhada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
como sugestão de meta nacional para o ano de 2026.
A proposta
foi apresentada durante a reunião on-line “Gestão Participativa: Estratégias
para o Julgamento de Processos Pós-IRDR”, organizada pela Corregedoria-Geral da
Justiça e realizada por meio da plataforma Microsoft Teams. O encontro virtual
foi aberto pelo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT),
desembargador José Zuquim Nogueira e contou com a presença da vice-presidente,
desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho.
Na
abertura, o presidente destacou a importância do engajamento coletivo na
construção de soluções para os desafios do Judiciário. “A gestão participativa
fortalece o senso de pertencimento, legitima as decisões administrativas e
permite a formulação de políticas mais eficazes. Quando ouvimos quem está na
linha de frente da prestação jurisdicional, conseguimos formular políticas mais
realistas e eficazes. Cada contribuição pode fazer a diferença”, afirmou.
“Essa reunião, portanto, é um espaço
privilegiado para esse diálogo aqui. Buscamos não apenas cumprir uma diretriz
normativa, mas consolidar uma cultura de corresponsabilidade. Cada contribuição
pode fazer a diferença. Que possamos, juntos, transformar desafios em
oportunidades e construir caminhos mais sólidos para uma justiça mais célere,
eficiente e comprometida com os direitos fundamentais”, finalizou o presidente.
A sugestão
de meta construída que será encaminhada ao CNJ é: julgar, até 31 de dezembro de
2026, pelo menos 80% dos processos que tiveram sua tramitação retomada após a
finalização de Incidentes de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) ou
recursos repetitivos.
A proposta
nasceu de um artigo jurídico publicado pela Escola Superior da Magistratura de
Mato Grosso (Esmagis-MT), de autoria do desembargador Wesley Sanchez Lacerda e
do juiz Antônio Veloso Peleja Júnior, coordenador do Núcleo de Gerenciamento de
Precedentes e de Ações Coletivas (Nugepnac), que conduziram a reunião.
Durante a
apresentação, Peleja destacou que a suspensão automática de processos devido à
instauração de IRDR ou de recursos repetitivos impacta negativamente a gestão
de metas do Judiciário. Isso porque, ao serem dessobrestados, os processos
retornam em grande volume, surpreendendo as unidades judiciárias e afetando o
cumprimento das metas estabelecidas pelo CNJ.
“Essa
proposta ajuda a promover equilíbrio entre a gestão processual e a gestão de
metas do CNJ, além de estimular julgamentos mais céleres e refletir de forma
mais precisa a produtividade real dos tribunais”, afirmou o desembargador
Wesley Sanchez.
A proposta
também visa minimizar os efeitos do retorno súbito dos processos suspensos, que
podem inflar as demandas e gerar acúmulos, dificultando o alcance das metas
nacionais.
Como
próximos passos, os magistrados e servidores que participaram da reunião
responderão a um questionário para coleta de contribuições. Com base nessas
respostas, será elaborado um relatório que será encaminhado ao Comitê do
Centro-Oeste e, posteriormente, à Rede de Governança Nacional, como sugestão de
meta nacional para 2026.
Também
participaram da reunião o juiz auxiliar da Presidência, Emerson Cajango; o
coordenador da Corregedoria-Geral da Justiça, João Gualberto Nogueira Neto; o
coordenador de Planejamento (Coplan), Afonso Maciel; o diretor-geral do TJMT,
Flávio de Paiva Pinto, além de outros magistrados e servidores.
Assessoria de Comunicação
CGJ-MT
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