Poder Judiciário de Mato Grosso
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31.05.2012 17:56
TJMT exalta benefícios da conciliação a advogadosMembros do Poder Judiciário de Mato Grosso tentam mudar a cultura do litígio, muito presente no dia-a-dia da profissão do advogado, para um novo modelo de se fazer justiça. Por meio dessa proposta, magistrados incentivam futuros operadores do Direito a buscar meios de harmonização e humanização dos conflitos.
Foi com esse intuito que a presidente e o coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva e juiz Hildebrando da Costa Marques, respectivamente, aproveitaram a cerimônia de entrega de carteirinhas e certificados aos novos advogados e estagiários realizada na Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB/MT), nesta quinta-feira (31 de maio), para ressaltar os benefícios da pacificação social por meios alternativos.
“Na mediação e na conciliação as partes sugerem o acordo. A gente alcança maior celeridade da justiça, reduz custos, gera satisfação a ambas as partes e, consequentemente, menor índice de inadimplência”, pontuou o juiz Hildebrando.
A desembargadora Clarice Claudino ressaltou que a sentença de um magistrado nunca satisfaz todos os envolvidos de um processo, porque um sempre ganha e outro perde. Ela ressaltou que o advogado não perde em nada colaborando com a mudança dessa cultura do litígio. “Fazendo a mediação ele satisfaz o seu cliente, não perde o seu honorário e ganha mais credibilidade no mercado de trabalho”, salientou.
Conforme a magistrada, antigamente os profissionais que eram considerados os melhores advogados eram aqueles que nunca perdiam uma causa, que faziam uma verdadeira guerra em torno da questão. “Nós precisamos repensar esse modelo, primeiro porque não está mais satisfazendo a sociedade, segundo porque está nos levando a um verdadeiro colapso”, alertou.
O juiz Hildebrando assinalou ainda que muitos clientes acham que o bom advogado é aquele que discute e fala bastante, mas que muitas vezes esse profissional acaba agindo de forma inoportuna. “Precisamos mudar esse modelo ultrapassado, colaborando com o processo de mediação”, afirmou.
Os futuros operadores do Direito entenderam o recado. “A mediação é muito importante hoje, porque o Poder Judiciário se encontra abarrotado. Vai haver desafogamento e maior eficiência”, salientou Lucas Dal’Bosco, estudante do quarto ano do curso de Direito. “No Direito, quanto mais rápida é a solução de um conflito, mais eficiente ele é”, avaliou o advogado Eduardo Stéfano Mazzetti.
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