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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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13.03.2016 16:10

Nível médio: 16 mil candidatos disputam vaga
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Dos 24.052 candidatos que se inscreveram para o Concurso Público para Provimento de Cargos e Cadastro de Reserva de Primeira e Segunda Instâncias do Poder Judiciário de Mato Grosso, realizado neste domingo (13 de março), 16.613 disputaram uma das 58 vagas destinadas para nível médio.

Grande parte dos que pleiteiam uma vaga no Poder Judiciário do Estado tem nível superior completo, mesmo assim decidiu disputar um cargo para nível médio. É o caso do analista de sistemas Laudymar Costa e Souza, 21 anos, formado há um ano.

“Apesar do salário menor, o que importa de fato é ter um emprego, um salário certo no fim do mês e a estabilidade profissional. Tendo um trabalho garantido eu posso estudar com mais tranquilidade para depois fazer um concurso para nível superior. Hoje a situação não está fácil no país, ter uma renda fixa significa muito”, assegura.

Formada em administração de empresas há 12 anos, Maria Helena Farias, 35 anos, chegou à Universidade Federal de Mato Grosso à tarde para fazer as provas, com semblante cansado. Ela também realizou o concurso no período da manhã para nível superior. “É cansativo, mas a estabilidade profissional, com certeza, fala mais alto. Eu sou formada, mesmo assim decidi fazer para nível médio, porque acredito que ter um emprego é o mais importante”.

Casada, mãe de uma menina de sete anos e com o esposo fazendo faculdade, passar em um concurso público para a Adyma Marchiori, 24 anos, é o passo para uma vida melhor. “Infelizmente ainda não consegui fazer uma faculdade, porque não dá para pagar duas, meu marido está terminando a dele. Passar em um concurso igual a este mudaria a minha vida. Eu poderia estudar e também oferecer um futuro melhor para a minha filha, que hoje estuda em escola pública”, diz a candidata, ansiosa para fazer seu primeiro concurso.

Enquanto alguns vão passar por esta experiência pela primeira vez, outros já têm know-how quando o assunto é concurso público. Este é o caso de Crislene Gomes Padilha, 33 anos, uma típica “concurseira”. “Eu me formei em 2010 em contabilidade e desde então só me preparo para concurso público. Meu foco é este. Estudar e passar em um bom concurso”.

Crislene fala com propriedade. Ela já passou em três concursos, um para o Ministério Público do Estado, outro para o Ministério Público do Trabalho e o terceiro para a Câmara Municipal de Cuiabá. Não tomou posse em nenhum deles. Os dois primeiros eram para o interior do Estado e o de Cuiabá ele considerou o salário baixo.

“Fiz para pegar experiência. Quero passar aqui em Cuiabá. Dessa vez fiz para a Capital, porque é aqui que eu quero trabalhar. Como eu estudo muito a cada concurso que realizo eu aproveito o conteúdo. No caso deste do Tribunal de Justiça eu só estudei regimento interno, que era o conteúdo diferente. Considero um bom concurso, mas se não passar vou continuar estudando para outros.”

A estudante de engenharia civil Liram Nunes Salom, 40 anos, vê no emprego público uma chance ímpar de ter a tão sonhada estabilidade. Ela disputa uma vaga para Pessoa com Deficiência e acredita que terá boas chances de passar. “Como a concorrência é menor, a probabilidade de conseguir uma vaga é maior. Seria uma grande chance na minha vida”.

Provas - O concurso público para analista judiciário tem 110 vagas e foi realizado no período matutino. Em todo estado, incluindo Cuiabá, 23 comarcas realizaram o certame.

O período vespertino foi bem mais movimentado que o matutino, em razão da quantidade de candidatos. No campus da UFMT, por exemplo, cerca 4 mil pessoas participaram do concurso pela manhã, enquanto à tarde foram aproximadamente 7 mil candidatos.

Quem deixou para última hora teve que correr para não perder a prova. Neste momento entrou em campo o time da Gerência de Exames e Concursos da UFMT. Só em Cuiabá, nos dois locais de prova, cerca de 900 profissionais trabalharam durante todo o dia orientando, guiando e direcionando os candidatos, para que todos estivessem em sala de aula antes de os portões se fecharem.

Alguns candidatos chegaram de carona nos carros e motos da UFMT, outros tiraram os chinelos para correr e chegar mais rápido. Na frente dos portões coordenadores e fiscais ajudavam na organização para que o máximo de candidatos estivesse nos seus devidos lugares antes do fechamento dos portões. Quando o relógio marcou 14 horas ninguém mais entrou. O silêncio era total. Cabeças baixas, caneta na mão e nas respostas dadas em cada questão o sonho do emprego público ficava mais perto ou mais distante de se tornar realidade.

O resultado final do concurso estará disponível, em lista aberta, a partir do dia 29 de abril de 2016. O provimento dos cargos ficará a critério do Tribunal de Justiça e obedecerá, rigorosamente, à ordem de classificação por cargo/especialidade/comarca.
 
Mais informações nos telefones: (65) 3313-7281 e (65) 3313-7282.
 
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Janã Pinheiro/Fotos: Tony Ribeiro/Agência F5
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