Poder Judiciário de Mato Grosso
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07.03.2018 18:38
Estudantes do Univag conhecem o TJMT
O funcionamento da Segunda Instância do Poder Judiciário de Mato Grosso foi apresentado a 62 estudantes do curso de Direito do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) na tarde desta quarta-feira (7 de março), por meio do projeto ‘Nosso Judiciário’.Os universitários conheceram os gabinetes dos desembargadores, assistiram a uma sessão da Terceira Câmara Criminal e puderam ter contato com um pouco da história do Judiciário, no Espaço Memória.
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Carlos Alberto Albues está no 7º semestre do curso e conhecia o Tribunal de Justiça, pois ele é sargento reformado da Polícia Militar e já trabalhou como segurança do desembargador Orlando Perri, em 2002. Há sete anos, Carlos foi vítima de um assalto em casa e ficou paraplégico, o que lhe fez conviver com uma série de desafios para seguir a vida após o ocorrido, tais como o impedimento de andar e a dificuldade para escrever.“Nós vamos nos adaptando com as limitações. Eu quis fazer o curso de Direito para não ficar parado em uma cama, foquei na minha recuperação. Está sendo uma oportunidade ímpar de conhecer na prática como é a aplicabilidade do Direito dos ritos recursais do duplo grau de jurisdição e também de competência originária. Gostei muito”, assinala o estudante.
Quanto à acessibilidade do Palácio da Justiça, Carlos Alberto elogia: o Tribunal é acessível, foi bem tranquilo em todos os lugares que eu passei”. É possível ainda que Carlos Alberto volte a trabalhar no Judiciário pois ele ficou classificado no processo seletivo de estágio realizado no final de 2017.
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A desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho recebeu os universitários no Espaço Memória, falando sobre a quebra de paradigmas pela qual passou o Judiciário, onde não se vê mais a restrição e inacessibilidade como características do cotidiano na Corte.“Quando eu era estudante, não havia acesso ao fórum, quanto mais ao Segundo Grau. Hoje esse acesso à Justiça está fácil para os estudantes. Houve essa democratização do acesso da Justiça ao povo, que era necessário. Estamos em uma outra era, em que temos acesso à tecnologia, processos eletrônicos, tinha que abrir mesmo as portas para a população, principalmente para os estudantes”, enfatizou a desembargadora.
Outro ponto destacado pela magistrada na visita é que a experiência pode permitir que cada um comece a se preparar desde agora para a carreira que deseja seguir, dentre o amplo rol de profissões que o curso de Direito proporciona. “É importante para saber quem se encaixa melhor em cada lugar, porque cada um tem seu lugar certo. Eu sempre soube no meu íntimo que queria ser juíza. Meu negócio era julgar, e fui em frente. Esse contato vai fazer com que eles saiam dali já com aquele objetivo determinado, insistindo naquilo que poderá dar certo ao invés de fazer várias tentativas de profissões diferentes”. .JPG)
A estudante Cássia Ferreira dos Santos, do 5º semestre, recebeu a cartilha “Glossário jurídico” das mãos da desembargadora Nilza e conta que se sentiu muito inspirada com a experiência. “Foi a primeira vez que encontrei a desembargadora, uma mulher, achei sensacional. Ela falou muitas coisas bacanas para nós e isso nos estimula. A teoria é sempre muito diferente da prática, então poder ter acesso ao que acontece de verdade é uma experiência muito boa”, afirmou. Para o professor Ronaldo Meirelles, que leciona as disciplinas de Processo Penal e Direito Penal, o ‘Nosso Judiciário’ é “uma iniciativa fabulosa do Tribunal de Justiça. Todas as iniciativas que incentivem os nossos alunos a sair dessa caixa, procurar, ter contato com as autoridades, desmistificar a situação de que o Poder Judiciário está distante. Essa parceria nos ajuda a atingir a excelência de cada vez poder ensinar com mais conteúdo, de formas diversas, de uma maneira de vanguarda e atraente”.
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Mylena Petrucelli/ Fotos: Chico Sousa
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