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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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28.01.2019 15:51

Combate à violência doméstica: Cemulher levará orientações ao Pantanal
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A violência doméstica não é um problema exclusivo da região urbana. Mulheres que vivem em comunidades rurais e ribeirinhas sofrem mais ainda, pois muitas vezes não conseguem nem fazer a denuncia. Pensando nisto, magistrados que integram a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso irão participar dos dias “D” do projeto Ribeirinho Cidadão, realizado pelo Poder Judiciário de Mato Grosso e Defensoria Pública do Estado.
 
A coordenadora da Cemulher, desembargadora Maria Erotides Kneip, disse que participou da reunião de apresentação do plano de ação da 12ª Edição Ribeirinho, na sala de reuniões da Presidência do TJMT, e se surpreendeu com o envolvimento dos parceiros. “O Ribeirinho cidadão é um projeto muito rico e queremos participar levando ações em benefício dessas mulheres que estão distantes do poder público e precisam de uma orientação”, declarou a desembargadora.
 
A Cemulher montará estandes nos dias “D” do Ribeirinho Cidadão. Nos dias 4 de fevereiro, abertura do evento, em Santo Antônio de Leveger, dia 5 em Barão de Melgaço e, no dia 13, em Poconé. “Iremos fazer atendimento às mulheres, panfletagem e palestras nesses dias”, revela a desembargadora Maria Erotides.
 
A juíza auxiliar da Vice-Presidência, Adriana Sant’Anna Coningham, afirmou que a vice-presidente do TJMT, desembargadora Maria Helena Gargaglione, tem sensibilidade para a temática da violência doméstica, e, por isso, quer proximidade com a Cemulher. “Vemos que violência contra mulher aumenta a cada ano no mundo todo. E as ações da coordenadora são de prevenção e educação para ajudar a mulher e a família, que também é vítima, a saber como agir em um momento como esse”, avaliou. “Juntar as ações da Cemulher e do Ribeirinho cidadão é uma oportunidade muito rica. Poderemos levar orientação para mulher ribeirinhas, trabalhadoras rurais, que vivem longe do Poder Público”, apontou.
 
O juiz da 1ª Vara especializada de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher de Cuiabá, Jamilson Haddad Campos, declarou que é uma honra participar do projeto que leva diversos serviços jurídicos e de cidadania para moradores de comunidades da região do Pantanal. “O projeto Ribeirinho é um exercício amplo da cidadania que leva serviços para regiões com dificuldades de acesso, agora, somando força, chega a Cemulher”, afirmou. “A violência contra mulher coloca o Brasil como o quinto país mais violento do mundo e Mato Grosso, infelizmente, precisa caminhar bastante no combate. Então somar essas duas iniciativas do Poder Judiciário e somar forças”.
 
Para a titular da Vara Especializada de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), juíza Maria Mazarelo Farias Pinto, ações como as realizadas pela Cemulher e Ribeirinho Cidadão mostram a sociedade que é viver sem a violência.
 
Coordenadora do programa Justiça Comunitária em Rondonópolis, a magistrada parabeniza os envolvidos no Ribeirinho Cidadão. “Só temos a agradecer e fazer coro a esse trabalho, pois só assim a gente vai ver a Justiça chegando aquele que tem o olhar perdido na estrada ou na beira do rio esperando o barco chegar para trazer alento e uma expressão de vida a essa gente”, declarou Maria Mazarelo.
 
A reunião foi realiza da na sala da Cemulher e contou com participação ainda da juíza auxiliar da Corregedoria Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva, e dos juízes Amini Haddad, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, Eduardo Calmon de Almeida Cezar e Jeverson Luiz Quinteiro.
 
Ribeirinho Cidadão - A coordenação do projeto Ribeirinho Cidadão divulgou o cronograma da 12ª edição da ação, que terá a fase fluvial, de 4 a 14 de fevereiro, e a etapa terrestre, de 17 a 25. Essa é uma das grandes iniciativas do Poder Judiciário de Mato Grosso e Defensoria Pública do Estado, que leva diversos serviços jurídicos, médicos e de cidadania às comunidades carentes mais afastadas da região pantaneira (áreas urbanas e rurais) de Barão de Melgaço, Poconé, Santo Antônio de Leverger e Juscimeira. Ao todo, 46 comunidades serão atendidas durante as duas fases do projeto.
 
 
Alcione dos Anjos
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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