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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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01.08.2019 16:31

Mutirão Fiscal tem foco na pacificação social e regularização de pendências
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Dar condições e facilidades para que o contribuinte possa regularizar pendências de impostos municipais e estimular a cultura da pacificação social, deixando de lado a cultura do litígio, são os principais objetivos do Mutirão Fiscal, que teve início nesta quinta-feira (1º de agosto) na Arena Pantanal, na Capital. O evento é realizado pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cuiabá e segue até o dia 17. Na abertura dos trabalhos, representantes dos órgãos envolvidos estiveram no local e percorreram os 72 guichês, sendo 10 para triagem e 62 que estão fazendo o atendimento da população.
 
A busca do diálogo, da negociação pacífica, tem sido uma das premissas da Justiça estadual. Ações como essa são realizadas de forma periódica, inclusive nas Comarcas do interior. De acordo com a presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos e Cidadania (Nupemec) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarisse Claudino da Silva, a prática reiterada de mutirões reduz aos poucos os números de processos, evitando a judicialização de outros.
 
“A perspectiva é continuar fomentando no inconsciente e consciente coletivo municipal essa necessidade de regularização dos débitos e também aproveitando as oportunidades que os mutirões acabam trazendo para a população e uma arrecadação significativa para o município”, enfatiza a magistrada.
 
Na gestão de Primeiro Grau a Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT) tem como principal objetivo aumentar a eficiência, conforme ressaltou o juiz auxiliar da Corregedoria, José Arimatéa Neves Costa. “Essa eficiência está relacionada à redução do tempo médio de resolução de processos. Quanto menor tempo a gente conseguir resolver o processo, mais eficiente nós somos perante a sociedade e perante o próprio Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, disse o magistrado, ao se referir sobre a parceria entre o judiciário e Prefeitura, já que nos mutirões são registrados grandes índices de acordo. “Todos saem ganhando. O município arrecada, judiciário baixa estoque e o contribuinte tem as vantagens na negociação”.
 
Os números relacionados a executivos fiscais são altos. Somente em Cuiabá, a Vara de Execução Fiscal possui cerca de 50 mil processos. A juíza que coordena a Central de Conciliação de Cuiabá, Adair Julieta da Silva, explica que o Mutirão visa, principalmente, a recuperação de crédito e ajuda a desafogar o Poder Judiciário. “Além disso, aqueles que comparecem terão benefícios e maiores parcelas para negociarem os débitos, fazendo com que haja o resgate da cidadania do devedor, que pode limpar o nome dos registros de organismos de proteção ao crédito”, salienta.
 
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, disse que com a diminuição da inadimplência o município passa a ter recurso extra para dar continuidade em investimentos revertidos para a população, como em saúde, educação e infraestrutura das vias públicas. Ele destacou a parceria para a realização do evento. “O Judiciário é um grande parceiro nesse processo para que a gente possa avançar e estimular os contribuintes a quitarem os débitos. A conciliação, promovida pelo Tribunal de Justiça, com senso de segurança e de justiça, proporciona ações como essa, que representam respeito ao contribuinte cuiabano”, afirma.
 
De acordo com o procurador Fiscal de Cuiabá, Cézar Fabiano Martins Campos, a previsão para este ano é que sejam negociados R$ 58 milhões, com receita efetiva de aproximadamente R$ 15 milhões.
 
Durante o mutirão poderão ser negociadas pendências do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) inscritas ou não inscritas em dívida ativa, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), multas do Procon, multas ambientais e até mesmo multas de trânsito (fato gerador até setembro de 2018)
 
O Mutirão Fiscal ocorre até 17 de agosto, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados, na Arena Pantanal, entrada pelo portão A.
 
Condições - Serão oferecidas boas opções para negociação, como 95% de desconto nos juros e nas multas moratórias para pagamentos feitos à vista, 60% para parcelamento em até 12 vezes, 50% quando a conciliação contemplar parcelamento de até 24 meses e 30% quando o contribuinte optar por dividir os débitos entre 25 e 48 vezes para os créditos vencidos até 31 dezembro de 2018.
 
Dani Cunha (texto e fotos)
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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