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02.09.2019 09:56

Emoção e música clássica de qualidade dão o tom a casamentos comunitários
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“Gratidão e dever cumprido como ser humano. É isso que eu carrego para mim, porque o que importa é que eu faço as coisas com amor. Essa experiência já é um prêmio, que vou levar para o resto da minha vida.” Com essas palavras, o jovem violinista Jhonni Campos relatou como foi a experiência de levar música clássica de qualidade a milhares de pessoas que passaram pelos mutirões de serviços ofertados em seis cidades da região do Araguaia: Alto Araguaia, Araguainha, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Torixoréu e Pontal do Araguaia.
 
Sempre na companhia do violonista Robson da Silva, a dupla – que integra o projeto “UFMT com a Corda Toda” - encantou quem passava pelo mutirão e, especialmente, os noivos e convidados dos cinco casamentos comunitários realizados ao longo da expedição. Também pôde dar aulas a muitos moradores que demonstraram interesse em conhecer um pouco mais sobre os instrumentos, raros nos pequenos municípios do interior de Mato Grosso.
 
“O acolhimento, o calor das pessoas, não tem preço. O que a gente viveu esses dias, uma coisa tão simples, trouxe uma satisfação imensa. Também foi uma experiência muito nova pra mim, conviver, conversar, ouvir várias histórias e conhecer mais pessoas. A gente cresce como ser humano, todo mundo ali, dando o melhor, foi fantástico. É uma experiência para a vida realmente. Com certeza, se tiver próximas, quero poder fazer parte”, salientou Robson.
 
Com direito a músicas clássicas tradicionais, como a Marcha Nupcial e Ave Maria, e também canções modernas, como “A Thousand years” e “Viva la vida”, todas com o diferencial do violino e violão, a dupla conseguiu emocionar muitas pessoas, que chegaram a agradecer pessoalmente a oportunidade de desfrutar da música tocada ao vivo.
 
“Nunca passei por isso na minha vida e uma coisa que mexeu muito comigo, no primeiro dia, foi quando cheguei para tocar e percebi a relação das pessoas com o instrumento. Percebi que as pessoas nunca tinham visto um violino e olhar para o instrumento, ouvindo a música, foi algo transformador. Eu estava Alto Araguaia e uma moça veio com os olhos cheios de lágrimas, dizendo que tinha se emocionado e que queria tocar um dia. Nossa, até me emociono em dizer isso, porque foi uma coisa que me marcou muito! Acho que não vou me esquecer do rosto dela mais, pois para mim foi muito emocionante”, contou Jhonni.
 
Também presente durante a expedição Araguaia Cidadão, a professora do Instituto de Educação e coordenadora do projeto “UFMT com a Corda Toda”, Rubia Naspolini, diz que a experiência foi tão positiva que espera que participar novamente nas próximas edições. “Penso que esse espaço é um momento de a gente mostrar o trabalho que a universidade faz, mas também contribuir com a formação humana desses meninos. Então, fico muito contente de poder trazer algo para a comunidade, mas também tenho certeza que os músicos vão levar bastante coisas com eles, para a vida deles, e isso não tem preço”, destacou.
 
Sobre a expedição, a professora foi só elogios. “Foi uma semana incrível, fizemos muitas amizades e conhecemos muita gente bacana. Gente que até já estava pertinho de nós, mas que não conhecíamos. Então, foi incrível. A gente desenvolveu laços de companheirismo, parceria e esse tipo de experiência você não tem em nenhuma outra forma que não seja vindo aqui. Os meninos já estão planejando a próxima, seja no Araguaia ou no Ribeirinho Cidadão, mas espero que a gente seja convidado de novo”, salientou.
 
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Lígia Saito (texto e fotos)
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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