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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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18.05.2016 11:10

Acadêmicos visitam TJ e batem papo com magistrado
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Trinta e seis universitários do curso de Direito do Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon) conheceram na tarde desta terça-feira (17 de maio) a estrutura física e administrativa da sede do mais alto grau da Justiça Estadual.  
 
Os discentes - do 1º, 2º, 5º e 9º semestre - foram recebidos pelo desembargador Rondon Bassil Dower Filho, que deu uma verdadeira aula sobre o dia a dia de um magistrado e falou da nobreza da profissão. Em uma hora de bate papo, Rondon deu muitos conselhos, respondeu perguntas e encorajou os estudantes a seguir a carreira da magistratura.
 
Ele contou que deixou de ser advogado para ser juiz porque ganhou uma causa devido a uma falha da outra parte. “Eu deixei meu cliente muito satisfeito, mas senti que houve uma grande injustiça. Eu não estudei para ficar rico, estudei para fazer justiça”, ressaltou.
 
Ao ser questionado por um estudante sobre o que valia mais a pena, ser um profissional liberal ou ser um servidor público, Rondon salientou: “você não pode escolher a carreira pensando apenas na perspectiva financeira. Como juiz você não pode pensar no dinheiro”, alertou. “Você pode fazer a diferença na vida das pessoas e fazer um mundo melhor para nós e nossos descendentes. Aqui nós lidamos com as maiores tragédias humanas, quando penso nisso, depois de 35 anos de carreira, ainda fico preocupado com o tamanho da responsabilidade que tenho nas mãos”, acrescentou.
 
Caíque Vinícius Silva Nascimento, do 9º semestre, aproveitou ao máximo a oportunidade e fez diversos questionamentos. Ele parece ter se apaixonado ainda mais pelo Direito. “Essa experiência agregou valor à minha formação profissional. Esse contato direto com magistrados e pessoas que vivenciam a prática do Direito é de extrema importância. Gostei muito do que ele disse, do testemunho sobre ter abdicado 35 anos de um maior convívio ao lado da família e amigos para se dedicar ao trabalho e sobre a possibilidade de fazer um mundo melhor. Para um acadêmico ouvir isso é muito bom, porque ou nos incentiva a seguir adiante ou nos faz procurar outro curso”, afirmou.
 
O professor Aroldo de Arruda avaliou que o projeto é de suma importância e exemplo para outros tribunais que ainda não abriram as portas para a comunidade acadêmica. “Na sala de aula trabalhamos a teoria, leis, jurisprudências, acórdãos, conceitos de 1ª e 2ª instância, de decisão monocrática e colegiada. Isso cria na cabeça do aluno uma concepção subjetiva do direito e o projeto possibilita que ele veja, sinta e vivencie na prática todo esse aprendizado”, pontuou. O docente lembra que quando cursou Direito ele não teve essa oportunidade. “Havia muitas restrições nos ritos, se começava uma sessão de julgamento ninguém mais entrava no recinto. Hoje há uma abertura maior, esse projeto é belíssimo!”, destaca.
 
O projeto Nosso Judiciário existe desde 2015 e só neste ano já contemplou cerca de 370 estudantes.
 
Tour- O trajeto dessa visita guiada passa pelas secretarias, protocolo-geral, pinacoteca, sala de reuniões dos desembargadores, pelos plenários onde se realizam as sessões de julgamentos. O passeio se encerra no Espaço Memória, uma espécie de museu onde são preservadas as relíquias históricas do Poder Judiciário. No final das apresentações, todos os estudantes receberam um exemplar do glossário jurídico e do guia prático sobre o Processo Judicial Eletrônico (PJe).
 
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Glaucia Colognesi / Fotos: Tony Ribeiro (Agência F5)
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