Cejusc realiza acordo de divórcio, guarda e pensão durante Expedição Justiça Sem Fronteiras
Maria Soares Paravá, 34, serviços
gerais em uma fazenda localizada em São José dos Quatro Marcos, estava separada
há cinco anos do pai de seus cinco filhos. Ela já vive um novo relacionamento e
tentou, por diversas vezes, formalizar o divórcio. E foi com a chegada da
Expedição Justiça Sem Fronteiras, do Poder Judiciário de Mato Grosso, no
distrito de Vila Picada, em Porto Esperidião, que ela conseguiu colocar um
ponto final definitivo no passado e começar a escrever novas páginas de sua
vida. Isso porque ela foi atendida pelo Centro Judiciário de Solução de
Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Cáceres, presente na ação da Justiça
Comunitária.
“O que eu consegui foi uma liberdade
porque faz muito tempo que estava correndo atrás, mas, graças a Deus, deu tudo
certo. Gostei bastante porque foi um atendimento muito bom. Daqui pra frente,
vai ser uma nova vida pra mim, viver com meus filhos, com minha nova família”,
disse.
Além do divórcio, Maria e José, o
ex-marido, também regularizaram a guarda e a pensão alimentícia dos filhos. Ela
conta que soube pela mãe que haveria um mutirão de serviços na região e se
esforçou para chegar até o local. “Eu não imaginava! Quando minha mãe me mandou
mensagem e avisou, eu falei: ‘É Deus que está no meio. Foi difícil chegar aqui,
mas, graças a Deus, deu tudo certo. Facilitou bastante, ajudou muito!”,
comenta.
Foi a mediadora do Cejusc de Cáceres, Marina
Flávia Nogueira Ciralli, quem facilitou a conversa entre Maria Soares e José
(que participou da audiência de maneira remota) para realizar o divórcio e
regularizar a guarda e os alimentos dos filhos. “A mediação é uma ferramenta
que promove o diálogo entra as partes. Geralmente, quando as pessoas se
divorciam, esse diálogo acaba ficando interrompido, meio truncado e isso afeta
na convivência do genitor que não mora com a criança com a criança. A gente espera
que além da solução do divórcio, eles também consigam reatar esse laço familiar”,
afirma.
A servidora do Cejusc destaca ainda a
satisfação em poder participar da Expedição Justiça Sem Fronteiras. “É a
primeira vez que eu participo de um mutirão em cidades próximas e tem sido
muito interessante, muito gratificante levar informação e acesso às pessoas que
estão distantes da cidade, o que facilita bastante pra eles”.
Quem também participou da audiência
realizada pelo Cejusc, na Expedição Justiça Sem Fronteiras, foi o promotor de
Justiça, Saulo Pires de Andrade Martins, da 1ª Promotoria Cível de Cáceres. Ele
informou as partes sobre as responsabilidades e as consequências em caso de
descumprimento do acordo e conversou também sobre a necessidade das crianças de
terem mais convivência com o pai. O representante do MP explica que toda ação
de direito de família que envolva crianças e adolescentes tem a participação do
Ministério Público, que atua como curador dos interesses da criança e do
adolescente. “Por isso eu dei o meu parecer, sempre visando o melhor interesse
e o bem-estar da criança”, disse.
Segundo o promotor de Justiça, a experiência
do Ministério Público enquanto parceiro do Justiça Sem Fronteiras tem sido
proveitosa. “Essa expedição nos mostra o quão importante ela é, em razão dos
vários serviços ofertados, não só na área jurídica. E nós estamos aqui atuando
sempre que for necessário no interesse de várias matérias, como crianças e
adolescentes, saúde, educação, segurança pública, violência doméstica. Nós
estamos aqui na expedição justamente para participar desses atos e dar a nossa
colaboração. A expedição tem sido muito produtiva porque são vários serviços
ofertados e a população tem sido muito beneficiada com esse projeto”, avalia.
O acordo entre Maria e José foi
homologado pelo juiz coordenador do Cejusc de Cáceres, José Eduardo Mariano.
Com isso, Maria poderá averbar o divórcio na certidão de casamento e emitir
novos documentos.
O Cejusc é uma das vertentes da Justiça
estadual presentes na Expedição Justiça Sem Fronteiras. Sob o guarda-chuva da Corregedoria-Geral
da Justiça (CGJ), estão disponíveis ainda o Programa Pai Presente, com
incentivo ao reconhecimento voluntário de paternidade; e a Comissão Estadual Judiciária
de Adoção (Ceja-MT), com divulgação e orientações sobre adoção e entrega legal.
– A
expedição é um projeto inédito promovido pela Justiça Comunitária, do Poder
Judiciário de Mato Grosso, juntamente com dezenas de parceiros, levando
serviços nos eixos de Justiça, Cidadania, Saúde e Educação para os distritos de
Agrovila Nova Esperança, em Cáceres; Vila Picada, em Porto Esperidião; e Santa
Clara do Monte Cristo, em Vila Bela da Santíssima Trindade, entre os dias 1 a 9
de julho.
A Expedição Justiça Sem Fronteiras se destaca como uma das mais abrangentes ações de inclusão social do Judiciário mato-grossense, reafirmando o papel da Justiça como instrumento de transformação social e proximidade com o cidadão. “A atuação do Judiciário vai além dos tribunais. Ele se mostra presente onde mais se precisa dele. Essa é uma missão, e não apenas um projeto”, destaca o juiz coordenador da Justiça Comunitária, José Antônio Bezerra Filho.
Saiba mais:
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Celly Silva
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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