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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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23.06.2016 14:58

Magistrados participam de oficina de boas práticas
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Magistrados das 14 Varas Cíveis de Feitos Gerais e da Fazenda Pública de Cuiabá estão participando nesta quinta e sexta-feira (23 e 24 de junho) da “Oficina de Boas Práticas de Gestão”, que está sendo ministrada na Escola dos Servidores do Poder Judiciário. O curso é mais uma etapa do Projeto Alocativo de Recursos Humanos, implantando no Judiciário de Mato Grosso pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
 
Estas 14 varas foram escolhidas para desenvolver o projeto-piloto, que tem o objetivo de definir quantos colaboradores são necessários para que as unidades judiciárias produzam com alto desempenho e boa capacidade de atendimento à sociedade.
 
Os assessores de gabinetes e os gestores judiciários que atuam nestas varas já fizeram a oficina, agora chegou a vez dos magistrados participarem.
 
“A oficina é uma troca de experiências. Hoje os facilitadores estão dando uma noção geral de gestão, de processos e amanhã vamos para a parte prática. Vamos verificar o que está dando certo em uma unidade que pode ser aplicado em outra. Neste primeiro momento a proposta é padronizar o que é bom em gestão, detectar o que temos de excelente para, em um segundo momento, expandirmos para as demais unidades. A oficina é também o momento de procurarmos entender o que tem levado as unidades com praticamente o mesmo número de colaboradores, o mesmo número de processos, a terem desempenhos diferentes, algumas alcançam um alto padrão e outras não”, explica a gerente do projeto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Jane Selma Barbosa.
 
Para o juiz Gilberto Bussiki, da 9ª Vara Cível de Cuiabá, este tipo de treinamento é de vital importância para avaliar os pontos fracos, já identificados, trocar experiência e ver quais os procedimentos que podem ser padronizados e replicados nas demais unidades judiciárias. “Acho muito relevante este curso. Primeiro é preciso traçar um panorama da atual situação e depois traçar um padrão para todas as varas. Hoje temos 10 Varas Cíveis, cada uma com um padrão diferente de trabalho, não temos uma unificação. Precisamos de uma padronização para que nosso trabalho seja mais célere, para que os resultados sejam mais rápidos, isso vai facilitar no dia a dia. O juiz hoje, além de julgador, tem que ser administrador, não só do gabinete dele, mas da vara inteira, é preciso trabalhar em conjunto”, destaca Bussiki.
 
Conforme a professora Maria Elisa Macieira, que está ministrando a oficina juntamente com o professor Mauriti Maranhão, o curso é um momento que os magistrados têm de estabelecer quais as boas práticas que estão dando certo nas unidades, padronizá-las e passar para as demais unidades.
 
“Estas boas práticas podem ser aproveitadas, melhoradas e definidas como modelo único. Quem ganha com isso não são apenas os magistrados, mas os servidores, o Judiciário e a sociedade, que é a grande cliente”, ressaltou.
 
De acordo com ela, para que a melhoria na gestão possa ser aplicada é preciso romper algumas barreiras, principalmente a resistência das pessoas, já que o novo sempre assusta e as mudanças geram medo. Para isso, a professora destaca que é fundamental a divulgação do que está sendo feito para todo o Judiciário. “O engajamento não deve ser apenas dos servidores, mas dos magistrados e da instituição. Não vamos ter resultados se o Tribunal não agir de forma institucional na melhoria da gestão, não adianta melhorar o trabalho em uma vara, em uma comarca, isso tem que ser expandido, disseminado, de forma estruturada para todo o Poder Judiciário. Não podemos parar no piloto, gestão se faz por perseverança”, afirma.
 
 
O projeto - O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) foi escolhido como parceiro de um programa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para receber a implantação de um projeto de fortalecimento da justiça estadual no país. A intenção é consolidar os tribunais de justiça, diminuir a desigualdade entre as justiças estaduais e oferecer mais acesso à população de baixa renda.
 
 
O objetivo do projeto é definir a quantidade de colaboradores que é necessária para que a unidade judiciária produza com alto desempenho e capacidade de atendimento à população, ou seja, a efetiva entrega da Justiça. Neste primeiro momento está sendo realizado um diagnóstico profundo das unidades judiciárias (gabinetes, secretarias de vara) para ver a realidade de cada uma delas e o que precisa ser melhorado. A proposta é replicar a experiência bem sucedida destas varas onde o projeto-piloto está sendo desenvolvido para as demais unidades.
 
Nas unidades onde o projeto foi implantado está sendo verificada a taxa de desempenho dos colaboradores, bem como a taxa de entrega da Justiça. “Para medir esse trabalho o CNJ definiu a classificação por cor de faixas, como ocorre com as artes marciais. A unidade que tiver com faixa branca está com baixo desempenho, faixa verde, médio desempenho, e faixa preta, alto desempenho. Qual a intenção? Verificar o desempenho das unidades e comparar entre as iguais. A partir daí vamos verificar porque uma vara com aquele mesmo número de colaboradores tem alto desempenho e a outra não. Para isso, é importante a oficina de boas práticas, para verificar o que uma está fazendo de diferente da outra. É uma troca de experiências”, ressalta a gerente do projeto.
 
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Janã Pinheiro
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
(65) 3617-3394/3409