Realidade impõe mudança de mentalidade
Na era "ponto com", mudar é condição para sobreviver, diz especialista
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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso proporcionou, nesta quinta-feira (03/07), uma palestra com o especialista em gestão institucional de imagem e reputação, o escritor e jornalista Mário Rosa. Cerca de 400 pessoas participaram, entre magistrados, servidores, profissionais do Direito, de Comunicação e de outras áreas. A explanação completou a terceira etapa do projeto de comunicação institucional que busca promover maior aproximação do Judiciário com a sociedade. Nominado "Reputação e imagem: compromisso de todos nós", o projeto foi elaborado pela Coordenadoria de Comunicação do TJMT e foi lançado no ano passado com a apresentação da logomarca, numa ação simultânea em todas as comarcas do Estado.
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Ao desenvolver o tema, Mário Rosa ressaltou a importância de uma atuação transparente diante de situações difíceis, sejam institucionais ou pessoais. Elogiou a iniciativa do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo Inácio Dias Lessa, em promover essa aproximação com o jurisdicionado. O escritor lembrou que hoje vivemos em um ecossistema digital e que o mundo da informação faz pressão para que assuntos negativos e polêmicos circulem. Alertou que a complexa rede de tecnologia existente atua como um grande aparato de vigilância. "Estamos sendo vigiados o tempo todo, seja pela internet, celular ou câmeras portáteis. A única resposta para isso é estabelecer uma 'nanoética', uma ética que esteja voltada para aquilo que, no passado, podíamos chamar de 'detalhes', mas hoje são fontes de enorme perturbação", destacou.
Ainda durante a explanação, o escritor chamou a atenção para o fato de que a realidade mudou mas a maioria das pessoas continua a agir da mesma maneira que agia há dez anos. "É necessária uma mudança de mentalidade porque nascemos num mundo que não existe mais", enfatizou Mário Rosa, apontando que "temos condicionamentos na questão da imagem que não são mais válidos, porque ultrapassados. Temos que incorporar novas atitudes. Tecnologia não é uma nova teoria: é uma nova prática. Não exige apenas uma nova de pensar: exige uma nova forma de agir".
Abordando a velocidade com que vem se dando a evolução tecnológica, o palestrante ensinou que "o que nos separa dos anos 90 não é uma década, mas uma era. Somos a primeira geração em que os outros aprendem com nossos erros. Agora estamos mais expostos. O que antigamente era apenas um detalhe, hoje pode ser visto como uma enorme contravenção. A escala de erros mudou, pois falhas cada vez menores são detectadas e vêm a público com grandes desgastes. O que antes era considerado privado, agora ficou público".
O escritor e jornalista é autor de obras referenciais sobre o tema reputação e imagem como "A Síndrome de Aquiles", "A era do escândalo" e "Reputação na velocidade do pensamento". Mário Rosa doou seu pró-labore para uma instituição filantrópica que dá apoio a crianças e adolescentes com câncer, em Cuiabá.
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Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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