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Poder Judiciário de Mato Grosso

 
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24.10.2011 19:33

Defesa alega que as provas são inconsistentes
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Durante a tarde desta segunda-feira (24 de outubro), na quarta sessão de julgamento do Tribunal do Júri no caso conhecido como “Chacina de Matupá”, após o pedido do Ministério Público de absolvição de dois réus e da condenação de outros dois acusados, teve início a arguição dos advogados de defesa dos réus (Antonio Pereira Sobrinho, Roberto Konrath, Enio Carlos Lacerda e José Antônio Correia).
 
O MP pediu aos jurados absolvição, por falta de prova, dos acusados Antônio Pereira Sobrinho e do então delegado de Peixoto de Azevedo (691km a norte de Cuiabá), Enio Carlos Lacerda. Em relação aos outros dois acusados, Roberto Konrath, o “Robertão”, e José Antônio Correia, o “Antônio Goiano”, o órgão ministerial pediu a condenação pela participação na chacina que resultou na morte de Ivacir Garcia dos Santos, de 31 anos, Arci Garcia dos Santos, 28, e Osvaldo José Bachinan, 32.
 
As vítimas foram queimadas vivas na praça da cidade de Matupá, em novembro de 1990, após uma tentativa frustrada de roubo seguida de seqüestro.
 
A defesa que mais chamou a atenção foi a dos acusados “Antônio Goiano” e “Robertão”, que receberam o pedido de condenação pelo Ministério Público. A defesa é formada por um time de advogados: Luis Gomes Lima Júnior, Jayme Rodrigues Carvalho e Jayme Rodrigues Carvalho Júnior.
  
Para os advogados, as provas são inconsistentes para condenar qualquer um dos acusados. Eles elogiaram a iniciativa do MP por ter pedido a absolvição de Antônio Pereira Sobrinho e de Enio Carlos Lacerda, e avaliaram que esse pedido abre caminho para a absolvição dos demais réus.
 
“O MP, ao pedir absolvição dos dois réus, indiretamente pediu a absolvição do Roberto e do Antônio Goiano, porque o fizeram pela dúvida e as provas são as mesmas”, assinala o advogado Jayme Rodrigues Carvalho. “A Promotoria não conseguiu e não vai conseguir provar a responsabilidade de Robertão e Antônio Goiano nesse crime. Eles não são marginais. Os jurados devem dizer não à condenação para devolver a vida desses cidadãos”, completou.
 
O advogado Jayme Rodrigues Carvalho Junior revelou que estava em Matupá na noite do ocorrido. “Essa noite foi interminável, caótica (...). Eu não posso falar que as vítimas de hoje foram os algozes dos seqüestradores”, argumentou, ao traçar o perfil dos acusados como bons cidadãos.
 
            A defesa do delegado Enio foi feita pelo advogado Geraldo Carlos de Oliveira, que também pleiteou a absolvição do acusado, alegando que a testemunha que gerou denúncia, em duas oportunidades, disse que falou algo que poderia ter incriminado o delegado porque estava sendo pressionada. A defesa alegou que Enio foi a Matupá para colaborar com a operação e teria deixado os presos nas mãos dos policiais militares e, por isso, requereu a absolvição do réu.
 
            O advogado Paulo Rogério de Oliveira foi nomeado pelo juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu para a defesa do réu Antônio Pereira Sobrinho, porque o defensor público da Comarca de Matupá estava em férias. E também pediu a absolvição do réu, já que o próprio MP seguiu essa tese.
 
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